sábado, 7 de fevereiro de 2009

DONS ESPIRITUAIS - Estudo 6


No estudo anterior, vimos como devemos proceder para descobrir os nossos dons espirituais. Neste sentido, mostramos que, antes de qualquer coisa, existem 4 condições fundamentais que precisam estar presentes na nossa vida, para que comecemos o processo de descobrir os nossos dons.
1. É preciso ser cristão verdadeiro... Ter nascido de novo
2. Crer nos dons espirituais...
3. Estar disposto a se esforçar para descobrir o seu dom...
4. Orar...
Depois dessas condições fundamentais, vimos quais os passos que deveríamos dar para descobrir os nossos dons:
1. Explorar todas as possibilidades... Conhecer os todos dons...
2. Experimentar o maior número possível de dons...
3. Examinar os nossos sentimentos...
4. Avaliar a nossa eficiência...
5. Confirmar o dom através do Corpo de Cristo...
Pois bem, agora, vamos estudar mais alguns dons espirituais, para que possamos distinguir cada um deles no Corpo de Cristo.
DOM 3: DOM DO ENSINO
O dom de ensino é a capacidade especial que Deus dá a certos membros do Corpo de Cristo para comunicarem informações importantes para a saúde desse corpo e para o ministério dos membros desse corpo.
Isso é feito de tal maneira que os membros do Corpo de Cristo aprendem aquilo que é necessário para crescerem em seus ministérios e na vida cristã de uma maneira geral.
É necessário que cada um de nós compreenda para que serve o dom de ensino = que as pessoas aprendam. Esse dom aparece nas três listas primárias dos dons espirituais: Rm 12, 1 Co 12 e Ef 4.
Agora, reparem, Isso não quer dizer que um dom seja mais válido, ou mais importante que outro, somente porque é mencionado mais de uma vez.
Provavelmente, o fato de um dom ser citado mais de uma vez signifique que esse dom é mais universal... Isto é, é mais facilmente encontrado.
Apesar de ser verdade que diferentes Igrejas possuem diferentes conjuntos de dons, como já vimos anteriormente, todas as Igrejas têm membros com o dom de ensino como parte dessa combinação.
Outro aspecto importante é que o dom de ensino se manifesta de muitas maneiras. Por exemplo, algumas pessoas recebem o dom de ensino que lhes permite uma comunicação melhor com as crianças. Outras pessoas receberam o dom do ensino e o utilizam no discipulado, como foi o caso de Paulo e Timóteo, e o caso de Áquila e Priscila com Apolo.
Em Atos 18:24-26, lemos o seguinte — Nesse meio tempo, chegou a Éfeso um judeu, natural de Alexandria, chamado Apolo, homem eloqüente e poderoso nas Escrituras. Era ele instruído no caminho do Senhor; e, sendo fervoroso de espírito, falava e ensinava com precisão a respeito de Jesus, conhecendo apenas o batismo de João. Ele, pois, começou a falar ousadamente na sinagoga. Ouvindo-o, porém, Priscila e Áqüila, tomaram-no consigo e, com mais exatidão, lhe expuseram o caminho de Deus.
O dom de ensino, normalmente, é um dom que envolve mais tempo do que os outros dons. Ao contrário dos outros dons que, geralmente, só são utilizados de vez em quando, o ensino envolve um uso regular e constante.
Por exemplo, o dom de libertação, ou o de discernimento de espíritos, só é usado de vez em quando. Agora, o dom de ensino não é para ser usado assim.
Uma vez descoberto e estando em operação, o dom de ensino exige dedicação constante... Quem possui esse dom precisa dedicar muito tempo ao estudo e à preparação de aulas...
Outro aspecto importante: os mestres que receberam o dom de ensino também precisam se mostrar pacientes com seus alunos. Eles precisam criar um ambiente onde os estudantes se sintam livres para levantar indagações, perguntar e, até, questionar.
Isso, consequentemente, exige que o mestre tenha se preparado bem naquele assunto que está sendo tratado.
DOM 20: DOM DO PASTOREIO
O dom de pastor é aquela capacidade especial que Deus dá a certos membros do Corpo de Cristo para assumirem uma responsabilidade pessoal pelo bem-estar espiritual de um grupo de crentes.
A palavra “pastor” foi tomada por empréstimo das atividades pastoris, particularmente da criação de ovelhas. Essa ocupação não é tão bem entendida nos dias de hoje, como acontecia na Palestina no início do Cristianismo...
O pastor de um grupo de crentes é a pessoa, abaixo de Jesus (que é o Pastor Supremo), que trabalha no ensino, na alimentação das almas, na cura das feridas da alma, no desenvolvimento do senso de unidade, no auxílio para que as pessoas descubram seus dons.
O dom de pastor, com freqüência, está vinculado ao dom de mestre, como vemos em Efésios 4:11 que diz — E ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e outros para pastores e mestres...
O ensino faz parte, portanto, da responsabilidade da pessoa que recebeu o dom de pastor. Entretanto, o ensino pode envolver uma relação de curto prazo entre professor e estudantes. Por exemplo, apenas durante o período de um curso.
Mas, o dom de pastor envolve uma relação muito mais paciente e pessoal a longo prazo. Nenhuma Igreja contrata alguém para vir fazer trabalho pastoral por uma semana, ou por um mês...
Peter Wagner fala a respeito de pessoas que recebem o dom de pastor, mas não são ordenados. Por outro lado, algumas vezes, pastores de grandes Igrejas não receberam exatamente este dom de pastoreio, embora tenham o título de pastor.
Esses pastores são administradores de igrejas e pregadores. Eles têm assim o dom da administração e o dom de profecia (pregação)...
DOM 4: DOM DE EXORTAÇÃO
Um crente pode manifestar esse dom de duas maneiras:
1. Em uma situação de pregação ou de ensino, num encontro de grupo, por exemplo, ou 2. Numa situação particular de pessoa para pessoa, para satisfazer à necessidade específica de um momento.
O crente dotado deste dom é aquele que se preocupa com o bem-estar espiritual dos irmãos... É aquela pessoa que tem uma qualidade especial para ministrar palavras de consolo, encorajamento, ânimo e conselho a outros membros do Corpo, de tal modo que estes se sentem ajudados e curados.
O mais evidente exemplo bíblico do dom da exortação foi o companheiro de Paulo, Barnabé, que foi chamado de “filho da exortação”, em Atos 4:36.
Barnabé foi instrumento de Deus para introduzir Paulo no ministério, como também para encaminhar João Marcos que, inicialmente, havia sido recusado pelo apóstolo Paulo.
Todos os crentes têm o dever de cuidar uns dos outros. Lemos em Hebreus 3:13 — exortai-vos mutuamente a cada dia.
O estilo de vida dos crentes, em comunhão uns com os outros, mostra que devemos aconselhar, compartilhar e encorajar uns aos outros a todo o tempo. Todavia, alguns crentes são dotados do dom especial do aconselhamento, ou da exortação.
DOM 18: ADMINISTRAÇÃO
O dom da administração é aquela capacidade especial que Deus dá a alguns dos membros do Corpo de Cristo a fim de que ministrem na área de planejamento estratégico e também na execução de planos eficazes para a concretização dos objetivos que o Senhor tem para Sua Igreja.
A palavra grega correspondente ao dom da administração significa “piloto”, ou seja, aquele que maneja o timão de um navio, ou o manche de um avião. É o piloto, ou o timoneiro, que está encarregado de levar o navio a seu destino.
Essa é uma perfeita descrição da pessoa a quem Deus deu o dom da administração. O timoneiro é aquele que fica entre o proprietário do navio e a tripulação.
O proprietário da embarcação toma as decisões básicas quanto aos propósitos da viagem, determina para onde o navio deve ir, e o que será feito quando o navio chegar a seu destino.
O proprietário da embarcação também cuida de contratar um piloto e mostra como deseja que o barco seja conduzido. A tripulação, por sua vez, recebe ordens do piloto e faz o trabalho necessário para que o piloto conduza o navio ao seu destino.
DOM 10: FÉ
O dom da fé é aquela capacidade especial que Deus dá a alguns dos membros do Corpo de Cristo para poderem discernir, com extraordinária confiança, a vontade e os propósitos de Deus quanto ao futuro de Sua obra.
As pessoas dotadas do dom da fé, normalmente, estão mais interessadas no futuro do que na história. Essas pessoas são pensadoras que se concentram nas possibilidades, sem se deixarem desencorajar pelas circunstâncias, pelos sofrimentos ou pelos obstáculos.
São pessoas capazes de confiar em Deus na remoção de montanhas, conforme vemos em I Coríntios 13:2 que diz — Ainda que eu tenha o dom de profetizar e conheça todos os mistérios e toda a ciência; ainda que eu tenha tamanha fé, a ponto de transportar montes, se não tiver amor, nada serei.
À semelhança de Noé, as pessoas que têm o dom da fé se dispõem a construir uma arca em tempo seco, mesmo diante do ridículo e da crítica, sem jamais admitir qualquer dúvida de que Deus realmente enviará um dilúvio.
George Muller, de Bristol, na Inglaterra, há mais de cem anos atrás, percebeu com clareza a vontade de Deus quanto a construção de orfanatos e não se deixou abater por múltiplos obstáculos, incluindo a quantia de cinco milhões de dólares que precisava conseguir para realizar seu ministério.
Todo este dinheiro foi recolhido durante o seu período de vida. (ele também foi citado quando estudamos o dom da pobreza voluntária!).
Muller adotou como norma nunca fazer pedidos diretos por dinheiro, mas seu ministério tornou-se bem conhecido e os fundos foram suficientes. Ele foi um homem de intercessão e de fé
A pessoa com o dom da fé e que ocupa uma posição de liderança na Igreja local pode discernir, com um grande grau de confiança, onde Deus quer que a Igreja esteja dentro de cinco ou dez anos. Será capaz de estabelecer alvos. Poderá estabelecer uma atitude que leve ao crescimento da igreja. E como a Primeirona precisa de pessoas com o dom da fé... Amém

Um comentário: