quinta-feira, 25 de junho de 2009

Apocalipse, O Livro da Revelação - Estudo 1


Introdução e Capítulo 1
Este é o primeiro de uma série de estudos que estaremos desenvolvendo sobre o livro do Apocalipse. Nessa época de mudança do milênio, o assunto passa a ter um interesse maior, à medida que é comum associarmos o Apocalipse às coisas referentes ao final dos tempos...
Entretanto, como veremos ao longo desses estudos, encontraremos mensagens nesse livro da Bíblia não apenas endereçadas ao futuro, mas também mensagens referentes ao passado, e muitas que têm tudo a ver com os nossos dias atuais.
Nosso grande desafio, portanto, será procurar descobrir e entender o que este livro da Bíblia tem a nos revelar.
O texto deste livro pertence a uma classe especial de escritos conhecidos como apocalípticos.
Trata-se de um tipo de literatura surgida inicialmente no Antigo Testamento, em épocas de tribulação, de provação, de sofrimento e de tristeza.
Apocalipse não é o único livro da Bíblia que se utiliza deste estilo. O livro de Daniel, por exemplo, é considerado literatura apocalíptica. O mesmo se pode afirmar para trechos dos livros de Isaias (13 a 14), Ezequiel (1 e 28 a 39), e ainda, Joel (2 a 3) e Zacarias (9 a 14).
No período a partir do ano 210 a.C. e até cerca de 200 d.C. vamos encontrar uma grande produção de textos apocalípticos, a maioria textos fora do cânon da Bíblia.
Entre eles, estão os chamados, tais como O Livro de Enoque, Apocalipse de Baruque, Assunção de Moisés, O Livro do Quarto Esdras e outros.
* livros apócrifos = obra sem AUTENTICIDADE, ou cuja autenticidade não foi provada
Os escritos apocalípticos têm em comum vários pontos que caracterizam uma linguagem especial. Alguns desses pontos são os seguintes:
. Salientam a esperança e as expectativas escatológicas, isto é, ligadas às últimas coisas, ou à consumação da história e ao fim dos tempos.
• Asseguram a intervenção de Deus para a redenção do seu povo.
• Interpretam os conflitos e os problemas que estão acontecendo, à luz do fim da história. O texto sempre está associado a uma situação histórica crítica.
Conhecer essa situação histórica facilita a interpretação do texto. Os textos em geral se propõem a fornecer conforto, segurança e coragem em dias difíceis...
• Apresentam mensagens dentro de uma estrutura de visões que seus autores tiveram. Estas visões são descritas numa série de símbolos extraordinários, tais como, criaturas estranhas, bestas e animais voadores fantásticos.
• Identificam seus autores por meio de pseudônimos para serem melhor aceitos pelo povo, escapando ao mesmo tempo, da oposição e opressão dos inimigos políticos.
O livro que estamos estudando, entretanto, não seguiu essa regra, uma vez que João se nomeou seu autor. Ele declara seu nome, mas esconde sua mensagem no estilo e na codificação da literatura apocalíptica.
Quando comparado com os demais textos apocalípticos apócrifos, apesar de usar a mesma linguagem, O Apocalipse de João mostra-se bem melhor organizado.
Ele apresenta, também, uma mensagem com maior alcance no que se refere ao entendimento da soberania de Deus na História e ao processo redentivo do ser humano.
O Apocalipse de João vai nos revelar que o Cordeiro de Deus, aquele que tira o pecado do mundo, nos dará a vitória em Cristo Jesus.
Estudo 1
Eis que vem com as nuvens
Apocalipse 1:1-7 — Revelação de Jesus Cristo, que Deus lhe deu para mostrar aos seus servos as coisas que em breve devem acontecer e que ele, enviando por intermédio do seu anjo, notificou ao seu servo João, (2) o qual atestou a palavra de Deus e o testemunho de Jesus Cristo, quanto a tudo o que viu. (3) Bem-aventurados aqueles que lêem e aqueles que ouvem as palavras da profecia e guardam as coisas nela escritas, pois o tempo está próximo. (4) João, às sete igrejas que se encontram na Ásia, graça e paz a vós outros, da parte daquele que é, que era e que há de vir, da parte dos sete Espíritos que se acham diante do seu trono (5) e da parte de Jesus Cristo, a Fiel Testemunha, o Primogênito dos mortos e o Soberano dos reis da terra. Àquele que nos ama, e, pelo seu sangue, nos libertou dos nossos pecados, (6) e nos constituiu reino, sacerdotes para o seu Deus e Pai, a ele a glória e o domínio pelos séculos dos séculos. Amém! (7) Eis que vem com as nuvens, e todo olho o verá, até quantos o traspassaram. E todas as tribos da terra se lamentarão sobre ele. Certamente. Amém!
O último livro da Bíblia é muitas vezes chamado erradamente de Apocalipse de João. Mas, como podemos ver, esse não é o título que o autor dá ao livro. Reparem, no v.1, é dito claramente: Revelação de Jesus Cristo, que Deus lhe deu para mostrar aos seus servos as coisas que em breve devem acontecer e que ele, enviando por intermédio do seu anjo, notificou ao seu servo João.
Trata-se, portanto, da revelação de Jesus Cristo! E isso é válido para toda a Bíblia, pois ela foi escrita com o objetivo de nos revelar o Senhor Jesus...
É o próprio Cristo quem diz isso em Jo 5:39 – Examinais as Escrituras, porque julgais ter nelas a vida eterna, e são elas mesmas que testificam de mim.
Assim, se um crente ainda não leu a Bíblia toda, então não conhece a Cristo como um todo. Entretanto, em contraste com os outros livros do AT e do NT, onde vemos revelado o nosso Salvador, aqui no Apocalipse encontramos a revelação de que o Senhor Jesus está voltando...
Aliás, cabe salientar que Apocalipse = Revelação...
Os juízos terríveis que são mostrados no Apocalipse servem, justamente, para preparar o caminho, ou melhor, preparar o mundo para a revelação visível do Senhor Jesus na sua 2ª Vinda...
O (v.7) diz: — Eis que vem com as nuvens, e todo olho o verá, até quantos o traspassaram. E todas as tribos da terra se lamentarão sobre ele. Certamente. Amém!
Esta é, em resumo, a mensagem principal do Apocalipse... João nos mostra Jesus como um Senhor real a quem Deus Pai deu todos os juízos e todo o poder no céu e na terra... Tudo está nas mãos de Jesus...
E qual é o fundamento da volta de Jesus? Unicamente, o seu grande amor por nós... Foi por causa desse grande amor que Ele nos comprou com o seu próprio sangue...
No v.5 lemos: – e da parte de Jesus Cristo, a Fiel Testemunha, o Primogênito dos mortos e o Soberano dos reis da terra. Àquele que nos ama, e, pelo seu sangue, nos libertou dos nossos pecados...
Reparem que, pela razão humana, primeiro deveríamos ser lavados e depois amados... Mas, esse v.5 diz o contrário... Diz que Ele nos amou primeiro... quando ainda estávamos na imundície do pecado...
O resultado desse amor é tremendo, porque, depois de nos ter lavado com o seu sangue, o Senhor Jesus nos constituiu reino, sacerdotes para o seu Deus e Pai conforme está no v.6, e logo a seguir vem a promessa da sua volta: Eis que vem com as nuvens (v.7)
A Vocação para a Revelação
Apocalipse 1:8-20 — Eu sou o Alfa e Ômega, diz o Senhor Deus, aquele que é, que era e que há de vir, o Todo-Poderoso. 9 Eu, João, irmão vosso e companheiro na tribulação, no reino e na perseverança, em Jesus, achei-me na ilha chamada Patmos, por causa da palavra de Deus e do testemunho de Jesus. (10) Achei-me em espírito, no dia do Senhor, e ouvi, por detrás de mim, grande voz, como de trombeta, (11) dizendo: O que vês escreve em livro e manda às sete igrejas: Éfeso, Esmirna, Pérgamo, Tiatira, Sardes, Filadélfia e Laodicéia. (12) Voltei-me para ver quem falava comigo e, voltado, vi sete candeeiros de ouro (13) e, no meio dos candeeiros, um semelhante a filho de homem, com vestes talares e cingido, à altura do peito, com uma cinta de ouro. (14) A sua cabeça e cabelos eram brancos como alva lã, como neve; os olhos, como chama de fogo; (15) os pés, semelhantes ao bronze polido, como que refinado numa fornalha; a voz, como voz de muitas águas. (16) Tinha na mão direita sete estrelas, e da boca saía-lhe uma afiada espada de dois gumes. O seu rosto brilhava como o sol na sua força. (17) Quando o vi, caí a seus pés como morto. Porém ele pôs sobre mim a mão direita, dizendo: Não temas; eu sou o primeiro e o último (18) e aquele que vive; estive morto, mas eis que estou vivo pelos séculos dos séculos e tenho as chaves da morte e do inferno. (19) Escreve, pois, as coisas que viste, e as que são, e as que hão de acontecer depois destas. (20) Quanto ao mistério das sete estrelas que viste na minha mão direita e aos sete candeeiros de ouro, as sete estrelas são os anjos das sete igrejas, e os sete candeeiros são as sete igrejas.
Reparem que João ouve a voz do Senhor Jesus, dizendo: – Eu sou o Alfa e Ômega, aquele que é, que era e que há de vir, o Todo-Poderoso.
Alfa é a 1ª letra do alfabeto grego e ômega é a última. O que isso significa?
Muitos tradutores pensaram que o homem simples não entenderia isso e acrescentaram, como está, por exemplo, na Ed. Corrigida: “O princípio e o fim”. Isso não está escrito no texto original, embora o conteúdo esteja certo, pois o Senhor é de fato o Princípio e o Fim.
Mas, a expressão “alfa e ômega” tem um significado ainda mais profundo. Significa que Jesus Cristo é o Verbo eterno, que além Dele não existe mais nada a dizer, porque Ele e somente Ele é a Palavra no seu sentido mais completo. A VERDADE E A VIDA
Essa é a razão do acréscimo do v.8 – aquele que é, que era e que há de vir, o Todo-Poderoso.
Vamos agora entender o significado do v.9 – Eu, João, irmão vosso e companheiro na tribulação, no reino e na perseverança, em Jesus, achei-me na ilha chamada Patmos, por causa da palavra de Deus e do testemunho de Jesus.
/// O Imperador Domiciano governava o império romano de forma extremamente autoritária. Ele se considerava um deus, espalhava imagens suas pelo império, punindo com martírio, exílio, torturas, confisco e a morte quem não o adorasse.
Domiciano estabeleceu um sistema de delatores que agia como verdadeiro flagelo. Os cristãos da época recebiam todo o impacto dessa política cruel...
Nesse contexto, o Apóstolo João encontrava-se exilado na ilha de Patmos, como resultado das perseguições do império. Lá, ele teve a oportunidade de refletir sobre o significado do conflito que havia surgido entre o Estado Romano e a Igreja Cristã.
João levou em conta esse conflito no seu sentido histórico e cósmico e, meditando sobre suas vastas implicações, caiu num estado de êxtase, sob a influência do Espírito Santo, recebendo de Deus uma visão que lhe permitiu escrever o "Livro das Revelações".
Que resultaria de tudo isso? O Cristianismo iria acabar? Deus perdera o poder? Por que Deus não intervinha? Quem venceria as forças do inferno, encarnadas em Domiciano? Até quando o império romano se manteria oprimindo os cristãos?...
O povo cristão precisava, assim, de alguém, ou de algo, que os encorajasse, que lhes desse uma visão de futuro e que lhes garantisse a vitória, apesar de perseguidos, dispersos e mortos.
Não somente os cristãos daquela época, mas todos os povos que viriam depois, de alguma forma, necessitavam dessas palavras de encorajamento e dessa visão de futuro da vitória de Cristo sobre o mal.
É esta a grande mensagem que João nos entrega através do seu Apocalipse, uma mensagem cheia de bem-aventuranças...
(AP 22:7) — Bem-aventurado aquele que guarda as palavras da profecia deste livro.
(AP 1:3) — Bem-aventurados aqueles que lêem e aqueles que ouvem as palavras da profecia e guardam as coisas nela escritas, pois o tempo está próximo.
(AP 14:13) — ... Bem-aventurados os mortos que, desde agora, morrem no Senhor...
(AP 16:15) — ... Bem-aventurado aquele que vigia e guarda as suas vestes, para que não ande nu, e não se veja a sua vergonha.
Quem são Os Destinatários da Revelação?
O v.11 indica que o livro foi dirigido às "sete igrejas que estão na Ásia". O que vês escreve em livro e manda às sete igrejas: Éfeso, Esmirna, Pérgamo, Tiatira, Sardes, Filadélfia e Laodicéia.
Entretanto, isso não significa que os receptores da mensagem estivessem limitados apenas a essas igrejas.
O uso do número "sete", que simboliza "inteireza" ou "perfeição", indica que o livro era para todas as igrejas da Ásia Menor. Na realidade, vamos verificar que a mensagem dirigida a essas igrejas teve um caráter universal para todos os demais cristãos, estendendo-se até os dias de hoje, e indo também até o futuro.
É, portanto, uma mensagem de vitória, uma mensagem de triunfo do Cordeiro-que-tira-o-pecado-do-mundo. É uma mensagem de encorajamento, até que os reinos deste mundo se tornem parte do Reino de Deus e de seu Filho, Jesus Cristo.
Como eu disse, anteriormente, as condições dos cristãos que primeiro receberam o Apocalipse eram bastante críticas. Por várias décadas o Cristianismo havia passado meio despercebido do império romano.
O Judaísmo era considerado uma religião legal e Roma via o Cristianismo como uma parte do Judaísmo.
Pouco à pouco porém, Roma notou que o Cristianismo e o Judaísmo eram religiões completamente diferentes. Além disso, existiam diversos motivos para que houvesse uma forte má vontade contra os cristãos...
Por exemplo: O Cristianismo era considerado uma religião ilegal porque, ao contrário das demais religiões consideradas legais, buscava conquistar seguidores entre os pagãos, fato que não era tolerado por Roma.
Outra coisa, aquele novo movimento aspirava tornar-se universal (católico) e o Reino de Deus era o seu ideal principal. Para os romanos, porém, o Estado era o principal, o que os levava a ver o Cristianismo como um possível rival do império...
O Cristianismo era uma religião exclusivista, pois os crentes da época se recusavam de participar da vida social e dos costumes pagãos.
Não freqüentar os cultos pagãos e não ter deuses romanos em casa fez com que o povo, em geral, visse os cristãos como inimigos de seus deuses.
Este clima de animosidade levava o povo a acreditar em tudo que se falava de mal a respeito dos cristãos.
Os cristãos eram acusados de todo o tipo de iniqüidades. O povo achava que tinham cultos e orgias secretas à noite, que bebiam sangue e que comiam carne humana.
Os cristãos negavam-se a ir à guerra, uma vez que todo soldado romano tinha que assumir compromisso com cultos aos ídolos do império, o que incluía uso de insígnias que idolatravam o imperador.
Além disso, os cristãos entendiam que Cristo os havia ensinado a largar definitivamente a espada e a usar meios pacíficos. Isso também contribuía para que o povo em geral os odiasse e os considerassem como traidores do império.
Aqueles que usavam a religião como forma de ganhar dinheiro, tais como os fabricantes de imagens, os sacerdotes pagãos e os comerciantes de animais destinados aos sacrifícios, faziam uma tremenda pressão contra o Cristianismo.
Os cristãos, como todos os povos dominados por Roma, tinham que afirmar que o deus-Cesar era superior ao Deus Cristo, o que os cristãos se negavam a fazer.
Assim, a sentença do governo de Roma foi que aquele grupo traidor e rebelde deveria ser exterminado. Para os cristãos, porém, uma outra ameaça se levantava contra eles: as muitas heresias que começavam a surgir, trazendo confusão e controvérsias, destruindo o companheirismo entre os crentes e ameaçando o próprio Cristianismo como um todo.
Esse era o clima a que estavam submetidos aqueles crentes do século I.
A Visão Inicial do Cordeiro
No trecho que estamos estudando, João vislumbra Cristo redivivo, santo, majestoso, onisciente, cheio de autoridade e todo poderoso.
Ele está de pé no meio das igrejas, tem a sorte delas em suas mãos e diz: "Não temais ! Eu morri, mas vivo para sempre. E, mais do que isso, tenho em minhas mãos as chaves da morte e do túmulo. Não deveis temer ir para o lugar do qual eu tenho a chave. Podereis ser perseguidos até a morte, mas eu sou ainda o vosso Rei". É isso o que o Senhor está dizendo em AP 1:18-20...
Que nós possamos ter sempre essa visão de vitória gravada em nossas mentes para que jamais venhamos a desanimar quando estivermos diante de quaisquer provações em nossa vida, seja na saúde, em nossos relacionamentos, nos desafios da nossa subsistência, ou quando estivermos sendo perseguidos...
Amém

A Razão da Nossa Fé - parte 5


55. Que é sacramento ?
É uma ordenança sagrada instituída por Cristo, para simbolizar, selar e aplicar ao crente os benefícios da salvação. Cristo instituiu dois sacramentos:
O batismo e a Santa Ceia conforme está em Mt 28.19 que diz — Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo.
E em Mt 26.26-30, lemos a respeito de Jesus instituindo a Santa Ceia.
56. O Que é o Batismo?
É um Sacramento que consiste no derramamento de água sobre a cabeça do balizando, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, indicando a recepção solene da pessoa batizanda na Igreja e selando a sua união com Cristo.
57. Por que a Igreja Presbiteriana não batiza por imersão?
Porque há relatos e circunstâncias, na Bíblia, que nos levam a concluir que o Batismo bíblico não era aplicado por imersão. Vejamos algumas passagens a esse respeito:
1. João Batísta, por acaso, conseguiria imergir no Jordão as multidões que iam ter com ele? Mt 3:5-6 — Então, saíam a ter com ele Jerusalém, toda a Judéia e toda a circunvizinhança do Jordão; e eram por ele batizados no rio Jordão, confessando os seus pecados.
2. Onde, em Jerusalém, os Apóstolos conseguiriam água para imergir três mil pessoas, no dia de Pentecoste? At 2:41— Então, os que lhe aceitaram a palavra foram batizados, havendo um acréscimo naquele dia de quase três mil pessoas.
3. Paulo foi balizado dentro da casa de Judas, conforme está relatado em At 9:10-19. Haveria ali algum tanque, onde ele pudesse ser imerso?
4. O carcereiro de Filipos foi batizado por volta da meia noite, depois de um terremoto que fendera as paredes da prisão (At 16.23-33). É possível pensar em imersão num caso como este?
58. Quais são as bases bíblicas do Batismo por aspersão?
São muitas. Mencionaremos aqui apenas algumas:
1. As profecias sobre a nova aliança, a dispensação da graça, falam da purificação dos povos pelo derramamento de água sobre eles, numa alusão que inclui o Batismo cristão.
Ez 36:25 diz assim — Então, aspergirei água pura sobre vós, e ficareis purificados; de todas as vossas imundícias e de todos os vossos ídolos vos purificarei.
Is 44:3 — Porque derramarei água sobre o sedento e torrentes, sobre a terra seca; derramarei o meu Espírito sobre a tua posteridade e a minha bênção, sobre os teus descendentes.
2. A palavra grega baptismos (=batismo, em português) é usada pelo Autor da Epístola aos Hebreus (9:10), quando fala das abluções que se faziam no Velho Testamento.
Essas abluções eram feitas por aspersão (Hb.9:19-21; Nm.8:7). Se, no Antigo Testamento, as abluções eram por aspersão, por que teriam de ser diferentes no Novo Testamento?
O dicionário Aurélio diz o seguinte sobre ablução: Ato ou efeito de abluir(-se); lavagem: "banhou o rosto e as mãos na água fresca do rio, e como se a ablução lhe desse um novo batismo de crença e de fé, sentiu-se são." (Inglês de Sousa, O Missionário, p. 252).
3. O Batismo com o Espírito Santo, nas Escrituras, é descrito como um derramamento (Is.44:3; J1.2:28-29; At. 2:18-33; 10:45; 11:15-16).
E Jesus disse aos Seus discípulos "João, na verdade, batizou com água, mas vós sereis balizados com o Espírito Santo" (At 1:5).
Se o Batismo com o Espírito Santo significa que o Espírito é derramado sobre as pessoas, podemos deduzir que o batismo com água também deve ser feito mediante derramamento de água sobre os balizados.
4. No Batismo a água é apenas símbolo, como também é o pão e o vinho, na ceia do Senhor. Logo, não importa a quantidade de água usada no Batismo
59. As crianças também devem ser batizadas?
Sim. Na antiga dispensação, elas faziam parte da Igreja, sendo recebidas pelo rito da circuncisão. E a Igreja de Deus é uma só. No capítulo 11 da carta aos Romanos, Paulo emprega a figura da oliveira para representar o antigo povo de Deus.
Paulo diz que os judeus incrédulos foram cortados da oliveira e que os gentios crentes são enxertados nela. Deste modo, o antigo povo de Deus, que foi os judeus, e o novo povo de Deus, constituído também pelos gentios, formam uma só árvore.
Assim, como as crianças faziam parte da Igreja, na dispensação judaica, elas devem fazer parte da Igreja na dispensação da nova aliança.
No Antigo Testamento, as crianças eram recebidas na Igreja pelo rito da circuncisão (Gn 17:9-14, 23, 27; Lv 12;3). No Novo Testamento, as crianças são recebidas na Igreja pelo Batismo, que substituiu a circuncisão (G 12:11-12).
Na dispensação da Lei, a criança que não fosse circuncidada, era eliminada do povo de Deus (Gn.l7:14). O crente, na dispensação do Novo Testamento, que não apresenta seus filhos para o Batismo, está quebrando a aliança com Deus e cometendo pecado.
60. Mas, as crianças crêem?
Os textos bíblicos que falam da fé como pré-requisito para receber o Batismo, não se referem às crianças. A prova é que Marcos (16:16), depois de citar as palavras de Cristo — "quem crer e for batizado será salvo" — registra também > "quem, porém, não crê, será condenado".
Ora, se as crianças não são capazes de crer e, por isso, não podem ser batizadas, elas estariam condenadas. No entanto, Jesus afirmou: "... das tais é o reino de Deus", falando isso sem qualquer referência à fé...
61. Há, no Novo Testamento, registro de Batismo de criança?
O Novo Testamento registra o Batismo de cinco famílias inteiras. Por exemplo, At 16.14-5 registra assim — Certa mulher, chamada Lídia, da cidade de Tiatira, vendedora de púrpura, temente a Deus, nos escutava; o Senhor lhe abriu o coração para atender às coisas que Paulo dizia. Depois de ser batizada, ela e toda a sua casa, nos rogou, dizendo: Se julgais que eu sou fiel ao Senhor, entrai em minha casa e aí ficai. E nos constrangeu a isso.
Será que nessas famílias não havia crianças? Além disso, a história da igreja registra que Orígenes, um teólogo da Igreja Primitiva, relata que os Apóstolos balizavam as crianças.
62. O que significa a Ceia do Senhor?
A Ceia do Senhor é o sacramento que comemora e proclama o sacrifício único, perfeito e completo que Cristo fez, para a nossa redenção.
Ela se caracteriza por apresentar uma ou mais verdades espirituais mediante sinais visíveis e externos. A Ceia do Senhor é uma representação simbólica da morte de Cristo (1 Co 11:24-26).
Assim, ao comemorarmos a Santa Ceia, estamos nos referindo a um símbolo de nossa participação no sacrifício e na vitória de Cristo (Jo.6:53).
A Santa Ceia é também um símbolo da união espiritual de todos os crentes (l Co.10:17; 12:13). A Ceia do Senhor é um meio de graça, isto é, um meio que Deus usa para nos alimentar espiritualmente, promovendo assim o nosso crescimento espiritual.
63. Que significa a morte para o crente?
A morte física é o meio que Deus usa para revestir o crente da incorruptibilidade e da imortalidade. 1 Co 15:53 — Porque é necessário que este corpo corruptível se revista da incorruptibilidade, e que o corpo mortal se revista da imortalidade.
Ou seja, a morte física é o instrumento que Deus utiliza para preparar a nossa alma e o nosso corpo para a vida eterna. Na hora da morte, nossa alma é aperfeiçoada em santidade e entra imediatamente no gozo da vida eterna, na presença de Deus.
Ao morrer, o crente dorme aqui e acorda, no mesmo instante, na presença de Deus. O corpo entra em decomposição e volta ao pó (Ec 12:7), mas ressuscitará no último dia (1 Co 15:35-44).
Assim, para o crente a morte NÃO é mortal.
64. Como o crente deve encarar a morte?
O crente NÃO deve ter medo da morte. Para o servo de Deus, morrer" é partir e estar com Cristo, o que é incomparavelmente melhor" (Fl 1.23). "O morrer é lucro" (Fl 1:21).
Mas o crente NÃO tem o direito de apressar a sua morte, seja por meio do suicídio, ou expondo ao perigo sua vida de modo irresponsavel.
65. O que ocorrerá na segunda vinda de Cristo?
Na Segunda vinda de Cristo, os mortos ressuscitarão (Jo 6:40-44; 1 Ts 4:16), os vivos serão transformados (1 Co 15:51-53), os anjos apóstatas e todas as pessoas que viveram na terra e não receberam a Jesuas serão julgadas (2 Pe.2:4; Jd.6; Mt.25:31-34; Jo.5:28-29; Rm.l4:10-12; 2 Co.5:10; Ap.20:11-13).
Haverá, então, uma separação eterna entre os salvos e os perdidos. Os ímpios irão para o castigo eterno (Mt.25:46) e os salvos reinarão eternamente com Cristo (l Ts.4:17; Ap,21:l-6).
Amém

A Razão da Nossa Fé - parte 4


41. Em que sentido o crente é liberto do mal?
No sentido de não ser justificado, nem condenado pela Lei. Sobre isso, em Rm 3.28 Paulo diz — Concluímos, pois, que o homem é justificado pela fé, independentemente das obras da lei.
E em Rm 7:4-6 o apóstolo acrescenta — Assim, meus irmãos, também vós morrestes relativamente à lei, por meio do corpo de Cristo, para pertencerdes a outro, a saber, aquele que ressuscitou dentre os mortos, a fim de que frutifiquemos para Deus. Porque, quando vivíamos segundo a carne, as paixões pecaminosas postas em realce pela lei operavam em nossos membros, a fim de frutificarem para a morte. Agora, porém, libertados da lei, estamos mortos para aquilo a que estávamos sujeitos, de modo que servimos em novidade de espírito e não na caducidade da letra. (ou seja, a lei perdeu a razão de ser, por ser ultrapassada, por velhice)
Todavia, o crente tem o dever de pautar a sua vida segundo a retidão estabelecida pela Lei Moral, que o Novo Testamento mantém como norma de conduta .
42. Se o quarto mandamento ordena a guarda do Sábado porque não o guardamos?
O palavra Sábado, na Bíblia, deriva da palavra shabbath e significa repouso, descanso...
Na nossa língua, o sétimo dia da semana chama-se Sábado, mas isto não ocorre em todas as línguas. Em alemão, por exemplo, o sétimo dia da semana chama-se sonnabend (véspera do sol) ou samstag (dia de Saturno).
Em francês, samedi (dia de Saturno). Em inglês, saturday (dia de Saturno). Assim, o sétimo dia e o Sábado NÃO são a mesma coisa.
O que a Lei ordena é a guarda de um dia de descanso por semana. E isso nós todos guardamos. Quando guardamos o Domingo, estamos cumprindo o 4° Mandamento.
O calendário dos judeus lhes foi dado na saída do Egito. Ex 12.1-2 — Disse o SENHOR a Moisés e a Arão na terra do Egito: Este mês vos será o principal dos meses; será o primeiro mês do ano.
Os crentes em Cristo NÃO estão obrigados a guardar o mesmo dia da semana, que os judeus guardavam e muitos ainda guardam.
Guardando o Domingo, não estamos, portanto, quebrando o 4° Mandamento.
43. Por que guardamos o Domingo?
Por várias razões. Dentre elas, destacamos as seguintes:
1. Jesus ressuscitou no Domingo (Mt 28.1-10; Mc 16.1-8; Lc 24.1-12; Jo 20.1-10).
2. O Espírito Santo desceu sobre os crentes no dia de Pentecoste que foi um Domingo (At 2.l-4).
3. Os apóstolos e os discípulos, após a ressurreição de Cristo, passaram a guardar o Domingo. Em At 20.6-7 lemos — Depois dos dias dos pães asmos, navegamos de Filipos e, em cinco dias, fomos ter com eles naquele porto, onde passamos uma semana. No primeiro dia da semana, estando nós reunidos com o fim de partir o pão, Paulo, que devia seguir viagem no dia imediato, exortava-os e prolongou o discurso até à meia-noite.
4. O Novo Testamento chama o Domingo de Dia do Senhor.
5. A tentativa de levar os crentes a guardarem o Sábado, e não o Domingo, primeiro dia da semana, é inovação dos adventísta, sem nenhuma base na Palavra de Deus.
44. Quem ordenou o matrimônio e quais os seus objetivos?
O matrimónio foi ordenado por Deus (Gn 2.18-24), e tem como objetivos:
1. O mútuo auxílio de marido e mulher. 1Co 7.3-5 — O marido conceda à esposa o que lhe é devido, e também, semelhantemente, a esposa, ao seu marido. A mulher não tem poder sobre o seu próprio corpo, e sim o marido; e também, semelhantemente, o marido não tem poder sobre o seu próprio corpo, e sim a mulher. Não vos priveis um ao outro, salvo talvez por mútuo consentimento, por algum tempo, para vos dedicardes à oração e, novamente, vos ajuntardes, para que Satanás não vos tente por causa da incontinência.
2. A propagação da raça humana por sucessão legítima. Gn 1.27-28 — Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou. E Deus os abençoou e lhes disse: Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra e sujeitai-a; dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus e sobre todo animal que rasteja pela terra.
3. Impedir a impureza. 1Co 7.2 — mas, por causa da impureza, cada um tenha a sua própria esposa, e cada uma, o seu próprio marido.
45. Quais são as regras básicas que a palavra de Deus estabelece para o casamento do crente?
São as seguintes:
1. Só pode se casar a pessoa que pode dar consentimento ajuizado.
2. O Crente deve casar-se somente no Senhor. Em 1Co.7:39 Paulo diz — A mulher está ligada enquanto vive o marido; contudo, se falecer o marido, fica livre para casar com quem quiser, mas somente no Senhor.
3. Não devem se casar as pessoas entre quais existem graus de consanguinidade, ou afinidades, proibidos pela moral e que podem acarretar lesões biológicas.
46. Em que circunstâncias a Palavra de Deus permite o divórcio?
Apenas em caso de adultério. Em Mt 19:9 Jesus diz assim — Eu, porém, vos digo: quem repudiar sua mulher, não sendo por causa de relações sexuais ilícitas, e casar com outra comete adultério, e o que casar com a repudiada comete adultério.
O divórcio també é permitido nos casos de deserção irreparável. 1Co 7.14-16 — Porque o marido incrédulo é santificado no convívio da esposa, e a esposa incrédula é santificada no convívio do marido crente. Doutra sorte, os vossos filhos seriam impuros; porém, agora, são santos. Mas, se o descrente quiser apartar-se, que se aparte; em tais casos, não fica sujeito à servidão nem o irmão, nem a irmã; Deus vos tem chamado à paz. 16 Pois, como sabes, ó mulher, se salvarás teu marido? Ou, como sabes, ó marido, se salvarás tua mulher?
Assim, o casamento no Senhor é indissolúvel por ser uma instituição divina. Significa a figura da união entre Cristo e a Igreja.
Mc 10.9 — Portanto, o que Deus ajuntou não separe o homem. — A tradução melhor não é esta, mas SIM > o que Deus ajuntou o homem não separa...
47. Que é a Igreja?
A Igreja é o corpo de Cristo formado por todos os Seus verdadeiros servos. Ef 1.22-23 — E pôs todas as coisas debaixo dos pés, e para ser o cabeça sobre todas as coisas, o deu à igreja, a qual é o seu corpo, a plenitude daquele que a tudo enche em todas as coisas.
Segundo a teologia reformada, há dois tipos de Igreja: a) A igreja invisível constituída por todos os que já foram salvos, dos que estão sendo salvos e dos que serão salvos (Hb.l2:23).
b) A Igreja visível ou militante, constituída por todos os que professam a fé em Jesus Cristo.
Da Igreja visível, no entanto, fazem parte tanto os verdadeiros crentes, como alguns não crentes. A Escritura diz que o joio está misturado com o trigo...
Nesta Igreja visível e militante, com todas as mazelas que a caracterizam, está, por exemplo, a igreja de Corinto... Ou seja, todas as Igrejas locais constituem a Igreja visível.
48. Como uma pessoa pode tornar-se membro de uma Igreja Presbiteriana?
A admissão de membros, na Igreja Presbiteriana, obedece aos seguintes critérios:
1. As pessoas balizadas na infância, numa Igreja Evangélica, são admitidas como membros da Igreja mediante a pública Profissão de Fé.
2. As pessoas que não foram balizadas numa Igreja Evangélica, devem receber o batismo e fazer a pública Profissão de Fé;
3. As pessoas que vêm de outra Igreja Evangélica, que não trazem carta de transferência, são admitidas pelo Conselho da Igreja, mediante solicitação, por jurisdição a pedido.
4. Quando um membro de Igreja Presbiteriana muda-se de um lugar para outro, deve providenciar sua carta de transferência. Caso não o faça, poderá ser arrolado por jurisdição ex-otício, depois de estar frequentando, pelo menos por um ano, a nova Igreja Presbiteriana.
49. Quais os deveres do membro da Igreja Presbiteriana?
Viver de acordo com a doutrina da Escritura Sagrada, honrar e propagar o Evangelho pela vida e pela palavra; sustentar, moral e financeiramente, a Igreja e suas instituições...
Obedecer às autoridades da Igreja, enquanto estas permanecerem fiéis aos Ensinos das Sagradas Escrituras; participar dos trabalhos e reuniões de sua Igreja, inclusive das assembleias administrativas.
50. Como é o governo da Igreja Presbiteriana?
O governo da Igreja local é exercido pelo Conselho, formado pelo Pastor, e pelos Presbíteros eleitos pela assembleia da Igreja. Sob a supervisão do Conselho, funciona a Junta Diaconal, constituída de todos os Diáconos da Igreja, também eleitos pela assembleia da Igreja local.
Os Diáconos cuidam da assistência social promovida pela Igreja e da ordem no Templo e suas dependências. Acima do Conselho estão os demais Concílios da Igreja: Presbitério, Sínodo e Supremo Concílio.
51. Que é Concílio?
É uma Assembleia constituída de Pastores e Presbíteros. Os concílios da Igreja Presbiteriana, em ordem ascendente, são os seguintes:
a) Conselho, que exerce jurisdição sobre a Igreja local;
b) Presbitério, que exerce jurisdição sobre Pastores e Conselhos; c) Sínodo, que exerce jurisdição sobre vários Presbitérios de determinada região;
d) Supremo Concílio, que exerce jurisdição sobre todos os Concílios.
De todos os atos e reuniões dos Concílios lavra-se uma Ata, que é submetida ao exame e apreciação do Concílio imediatamente superior ou, seja, o Presbitério examina as Atas dos Conselhos que lhe estão jurisdicionãdos, o Sínodo as Atas dos Presbitérios que lhe estão jurisdicionados, e o Supremo Concílio examina as Atas dos Sínodos.
52. Como se constituem os Concílios ?
No Conselho, o Pastor é o presidente e faz parte do Presbitério a que está subordinada a igreja. Os Presbíteros são eleitos pela Igreja local, para um mandato de cinco anos, podendo ser reeleitos.
O Conselho nomeia, a cada ano, o seu representante junto ao Presbitério, o qual é constituído dos pastores e do representante de cada Igreja.
Para o Sínodo de determinada região, cada Presbitério elege seus representantes, na seguinte proporção: Três pastores e três Presbíteros por Presbitério cujas igrejas tenham, em conjunto, até dois mil membros.
O Supremo Concílio é constituído de representantes, Pastores e Presbíteros, eleitos pelos Presbitérios, na seguinte proporção: Dois pastores e dois Presbíteros por Presbitério cujas Igrejas tenham, em conjunto, até dois mil membros., e mais um Pastor e um Presbítero para cada grupo de dois mil membros.
Os Presbitérios se reúnem, pelo menos, uma vez por ano; os Sínodos, de dois em dois anos, sempre nos anos ímpares; o Supremo Concílio, de quatro em quatro anos, sempre nos anos pares.
53. Quais os requisitos para um membro da Igreja ser eleito Presbítero ou Diácono?
Ser firme na fé, prudente no agir, discreto no falar e ser exemplo de santidade na vida (I Tm.3:l-13; Tt.l:5-9). Deve ser membro da Igreja em plena comunhão com ela, ser maior de 18 anos, civilmente capaz, assíduo e pontual no cumprimento de seus deveres e estar convicto de que Deus o chama para o exercício de qualquer destes ofícios.
54. Como se faz a disciplina de membros na Igreja Presbiteriana?
O membro da Igreja só pode ser disciplinado depois de processo eclesiástico regular. Este processo será instaurado mediante queixa ou denúncia, por escrito, apresentada por um membro ou oficial da Igreja.
Ao citar o faltoso para comparecer à reunião do conselho previamente marcada, deve o conselho mandar-lhe uma cópia da queixa ou denúncia, facultando-lhe, assim, ampla possibilidade de defesa.
As penas que podem ser aplicadas são as seguintes, de acordo com a gravidade da falta cometida: 1. Admoestação; 2. Afastamento da comunhão por tempo determinado, ou indeterminado; 3. Exclusão da Igreja, pena que só será aplicada quando o faltoso se mostrar incorrigível e contumaz.
Toda disciplina visa ao próprio bem do culpado, para corrigir escândalos, erros ou faltas, e para promover a honra de Deus e a glória de Jesus Cristo.
Toda pessoa disciplinada terá o direito à restauração de sua comunhão com a Igreja, mediante prova de arrependimento. O membro da Igreja que estiver sob disciplina, não pode participar dos sacramentos.
Amém