sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Apocalipse - Estudo 9


As Quatro Primeiras Trombetas
No estudo anterior, vimos a abertura do 7º Selo e, naquela oportunidade, estudamos de maneira resumida a profecia de Daniel a respeito das 70 Semanas de anos...
Agora, vamos continuar o estudo do cap. 8 do Apocalipse, vendo as quatro primeiras Trombetas do Juízo de Deus.
1ª Trombeta
Ap 8:7 — O primeiro anjo tocou a trombeta, e houve saraiva e fogo de mistura com sangue, e foram atirados à terra. Foi, então, queimada a terça parte da terra, e das árvores, e também toda erva verde.
Os resultados desse 1º juízo das Trombetas serão terríveis. Reparem que, enquanto os 4 anjos do Juízo ainda estavam retidos sob o 6º Selo (7:2-3), por causa da selagem dos 144.000, agora a ordem para esperar foi revogada... Os juízos começam verdadeiramente...
Saraiva (chuva de pedra de gelo), fogo e sangue! Uma terça parte da terra, das árvores e das ervas verdes são queimadas...
Reparem, ainda, que, da mesma forma que os 4 primeiros Selos, os 4 primeiros juízos das Trombetas, também, estão relacionados uns com os outros:
O 1º Juízo das Trombetas atinge a terra (v.7); o 2º atinge o mar (v.8); o 3º atinge as fontes de água (v.10-11); e o 4º atinge o universo (v.12-13)... Tudo é, portanto, julgado pelo Cordeiro...
2ª Trombeta do Juízo
Ap 8:8-9 — O segundo anjo tocou a trombeta, e uma como que grande montanha ardendo em chamas foi atirada ao mar, cuja terça parte se tornou em sangue, 9 e morreu a terça parte da criação que tinha vida, existente no mar, e foi destruída a terça parte das embarcações.
Reparem que muita coisa no Apocalipse, como já falamos aqui, é simbólica... Mas, quando João usa símbolos, ele indica que aquilo se trata de um símbolo...
Neste sentido, vejam que NÃO está dito que uma GRANDE MONTANHA em chamas foi atirada ao mar. NÃO! O que está dito, reparem, é: ... uma como que grande montanha ardendo em chamas foi atirada ao mar...
É claro que podem existir aqui muitas interpretações. Alguns estudiosos acham que se trata de um vulcão... mas, a maioria entende que será um meteoro em chamas que cairá no mar... Há também outros que dizem que serão bombas atômicas...
Entretanto, reparem, como um terço do mar se transforma em sangue, não há como explicar esse juízo de Deus. Agora, vejam, a verdade é que NÃO é muito importante saber COMO acontecerá... mas, SIM, que acontecerá!
Se alguém tiver dúvidas disso, é só ler Êx 7:20-21, onde a 1ª praga sobre o Egito se realizou de maneira semelhante: — Fizeram Moisés e Arão como o SENHOR lhes havia ordenado: Arão, levantando o bordão, feriu as águas que estavam no rio, à vista de Faraó e seus oficiais; e toda a água do rio se tornou em sangue. 21 De sorte que os peixes que estavam no rio morreram, o rio cheirou mal, e os egípcios não podiam beber a água do rio; e houve sangue por toda a terra do Egito.
Reparem que esse acontecimento é indicado em outros pontos da Escritura. Por exemplo, no Sl 105:29 — Transformou-lhes as águas em sangue e assim lhes fez morrer os peixes. Também, no Sl 78:44, lemos — e converteu em sangue os rios deles, para que das suas correntes não bebessem.
Isso demonstra que o Senhor não depende nem de meteoros, nem de bombas atômicas como instrumentos de juízo, embora esteja no seu poder utilizar essas coisas, se for da Sua soberana vontade... Por isso, é importante salientar que não se deve querer sempre explicar tudo em detalhes...
Reparem, também, que uma grande montanha ardendo em chamas foi atirada ao mar. Em qual mar??? Embora não se possa afirmar com certeza, tudo indica que será o Mar Mediterrâneo, em cujas margens já aconteceram tantas coisas em relação ao Plano da Salvação...
Todavia, certamente, todos os mares do mundo serão afetados por esse 1º Juízo das Trombetas. Reparem que, no mundo, existem 7 mares e 3 oceanos... O texto diz que uma terça parte do mar se transforma em sangue. Isso significa mais do que um oceano inteiro. Imaginem, também, a montanha de peixes mortos... um terço dos peixes morrerá...
Mais ou menos recentemente, cientistas da NASA localizaram através de satélite um organismo semelhante a um vegetal que faz a água do mar ficar vermelha e mata os peixes, pois é extremamente venenoso... É a chamada maré vermelha...
O texto diz também que foi destruída a terça parte das embarcações. Isso nos faz imaginar que ondas enormes destroçarão nas costas um terço das embarcações... Será que estamos fantasiando??? As Tsumani!!!
Lembramos mais uma vez que esse terrível período acontecerá durante a Grande Tribulação, pertence ao DIA DO SENHOR e será depois do Arrebatamento.
Não se compreende por que o homem, de maneira geral, dá tão pouca atenção ao DIA DO SENHOR, apesar da Escritura falar tanto dele. Isaías, em Is 2:12-21, diz assim: — Porque o Dia do SENHOR dos Exércitos será contra todo soberbo e altivo e contra todo aquele que se exalta, para que seja abatido; 13 contra todos os cedros do Líbano, altos, mui elevados; e contra todos os carvalhos de Basã; 14 contra todos os montes altos e contra todos os outeiros elevados; 15 contra toda torre alta e contra toda muralha firme; 16 contra todos os navios de Társis e contra tudo o que é belo à vista. 17 A arrogância do homem será abatida, e a sua altivez será humilhada; só o SENHOR será exaltado naquele dia. 18 Os ídolos serão de todo destruídos. 19 Então, os homens se meterão nas cavernas das rochas e nos buracos da terra, ante o terror do SENHOR e a glória da sua majestade, quando ele se levantar para espantar a terra. 20 Naquele dia, os homens lançarão às toupeiras e aos morcegos os seus ídolos de prata e os seus ídolos de ouro, que fizeram para ante eles se prostrarem, 21 e meter-se-ão pelas fendas das rochas e pelas cavernas das penhas, ante o terror do SENHOR e a glória da sua majestade, quando ele se levantar para espantar a terra.
3ª Trombeta do Juízo
Ap 8:10-11 — O terceiro anjo tocou a trombeta, e caiu do céu sobre a terça parte dos rios, e sobre as fontes das águas uma grande estrela, ardendo como tocha. 11 O nome da estrela é Absinto; e a terça parte das águas se tornou em absinto, e muitos dos homens morreram por causa dessas águas, porque se tornaram amargosas.
Vamos analisar os efeitos da 3ª Trombeta. As águas amargas de que nos fala o AT têm um equivalente nos últimos tempos. Reparem que, na época em que o povo de Israel passou pelo deserto, durante os três primeiros dias, não havia água para eles beberem... e quando eles encontraram água, essa água era amargosa.
Êx 15:23 diz assim — Afinal, chegaram a Mara; todavia, não puderam beber as águas de Mara, porque eram amargas;
No fim dos tempos, como lemos, cai do céu sobre as fontes das águas uma grande estrela, ardendo como tocha. O nome da estrela é Absinto.
O que é absinto?? Absinto é um líquido muitíssimo amargo preparado com as folhas de uma erva chamada Artemisia absinthium.... Essa estrela, portanto, cai espalha absinto por um terço dos rios e das frontes de água.
Isso significa que essa estrela não precisa, necessariamente, ser formada de matéria compacta, uma vez que o tal absinto é um líquido... Essa estrela pode, então, por exemplo, ser um cometa... Sabemos que os cometas têm uma parte gasosa na sua constituição...
Seria, assim, talvez, um cometa que traz em si, na sua parte gasosa o absinto, estragando a água potável, a água que se pode beber, de um terço dos rios e de outras fontes...
Ou seja, é retirado dos homens, em grande parte, aquilo de que eles mais necessitam para viver: a ÁGUA. Por quê? Porque eles rejeitaram a ÁGUA DA VIDA, rejeitaram o Senhor Jesus...
4ª Trombeta do Juízo
Ap 8:12 — O quarto anjo tocou a trombeta, e foi ferida a terça parte do sol, da lua e das estrelas, para que a terça parte deles escurecesse e, na sua terça parte, não brilhasse, tanto o dia como também a noite.
Por tudo o que já vimos até aqui, nós constatamos que haverá, no final dos tempos, acontecimentos terríveis, catástrofes que não podemos imaginar.
Atualmente, já estão acontecendo coisas tremendas, jamais vistas em outros tempos... As Tsumanis são um exemplo...
Um outro exemplo, que eu li há pouco tempo e que é significativo, é um fenômeno astronômico. Um astrônomo, chamado Bruce Margon, descobriu um corpo celestial misterioso e incompreensível... As observações desse cientista indicam que esse corpo se movimenta à VELOCIDADE DE ATÉ 184 MILHÔES DE KM por hora... e isso em duas direções ao mesmo tempo...
Parece que esse corpo celestial, uma estrela de características desconhecidas, parece que ela se aproxima e se afasta da terra, ao mesmo tempo, e num ritmo, ou freqüência, de aproximadamente 60 dias.
Os cientistas, liderados por Bruce Margon, descobriram esse corpo estranho quando estavam estudando uma estrela chamada SS433 e que está a 10.000 anos-luz da terra. Eles chegaram à conclusão de que esse corpo deve ter uma energia descomunal e expele os seus gazes somente em duas direções opostas e nessa incrível velocidade de 184 milhões Km/h. É, assim, um corpo celeste absolutamente diferente, porque as estrelas normais emitem gazes em todas as direções ao mesmo tempo...
Mas, voltemos ao nosso estudo do Apocalipse.
É interessante observar que a Sagrada Escritura fala a esse respeito... Em Lc 21:25-27 o próprio Senhor Jesus anunciou — Haverá sinais no sol, na lua e nas estrelas; sobre a terra, angústia entre as nações em perplexidade por causa do bramido do mar e das ondas; 26 haverá homens que desmaiarão de terror e pela expectativa das coisas que sobrevirão ao mundo; pois os poderes dos céus serão abalados. 27 Então, se verá o Filho do Homem vindo numa nuvem, com poder e grande glória.
Igualmente, os profetas fizeram previsões a esse respeito... Por exemplo, Is 13:9-10 diz assim — Eis que vem o Dia do SENHOR, dia cruel, com ira e ardente furor, para converter a terra em assolação e dela destruir os pecadores. 10 Porque as estrelas e constelações dos céus não darão a sua luz; o sol, logo ao nascer, se escurecerá, e a lua não fará resplandecer a sua luz.
É exatamente isso que nos é mostrado no 4º Juízo das Trombetas. O profeta Ezequiel também viu isso e escreveu em EZ 32:7-9 — Quando eu te extinguir, cobrirei os céus e farei enegrecer as suas estrelas; encobrirei o sol com uma nuvem, e a lua não resplandecerá a sua luz. 8 Por tua causa, vestirei de preto todos os brilhantes luminares do céu e trarei trevas sobre o teu país, diz o SENHOR Deus. 9 Afligirei o coração de muitos povos, quando se levar às nações, às terras que não conheceste, a notícia da tua destruição.
Também, em Joel 2:10 e 3:14-15, encontramos referências ao 4º Juízo das Trombetas. Esses versos dizem assim: — Diante deles, treme a terra, e os céus se abalam; o sol e a lua se escurecem, e as estrelas retiram o seu resplendor... Porque o Dia do SENHOR está perto, no vale da Decisão. O sol e a lua se escurecem, e as estrelas retiram o seu resplendor.
Assim, esse 4º Juízo das Trombetas será uma catástrofe cósmica inimaginável. Reparem o que o v.12 diz que — ... foi ferida a terça parte do sol, da lua e das estrelas...
Essa expressão foi ferida significa uma terrível explosão que será capaz de abalar todo o Universo...
O Tríplice Ai
E agora, vem o v.13 e diz — Então, vi e ouvi uma águia que, voando pelo meio do céu, dizia em grande voz: Ai! Ai! Ai dos que moram na terra, por causa das restantes vozes da trombeta dos três anjos que ainda têm de tocar!
Reparem que antes de acontecer os três últimos e mais importantes Juízos das Trombetas, há uma espécie de proclamação no céu que consiste desse tríplice Ai... Ai dos que moram na terra...
Agora, o que significa essa águia voando pelo meio do céu e clamando em alta voz???
Na Bíblia, os filhos de Deus são, muitas vezes, comparados com águias. Por exemplo, em Is 40:31 está escrito – mas os que esperam no SENHOR renovam as suas forças, sobem com asas como águias, correm e não se cansam, caminham e não se fatigam.
No Salmo 103:5 lemos — quem farta de bens a tua velhice, de sorte que a tua mocidade se renova como a da águia.
Parece, portanto, que essa águia do Apocalipse representa justamente a Igreja do Senhor Arrebatada... A Igreja, da qual fazemos parte, e que está unida ao Cordeiro, da mesma forma que os 24 anciãos também representam a Igreja...
A Bíblia explica a própria Bíblia. Em Lc 17, o Senhor Jesus descreve o arrebatamento, e os v. 34-35 dizem — Digo-vos que, naquela noite, dois estarão numa cama; um será tomado, e deixado o outro; 35 duas mulheres estarão juntas moendo; uma será tomada, e deixada a outra. — e o v. 37 completa assim — Então, lhe perguntaram: Onde será isso, Senhor? Respondeu-lhes: Onde estiver o corpo, aí se ajuntarão também os abutres.
Aetoi é a palavra grega que está no texto. Aetoi pode ser traduzido por abutres ou por águias. A versão corrigida traduz por águias! O fato é que ambas são aves de rapina que se alimentam de carne.
É uma figura, concordo, um tanto macabra... Mas, reparem, é uma figura perfeitamente lógica no contexto desse verso. Os crentes são chamados de abutres, ou de águias e, como o Cordeiro foi morto, ... aí se ajuntarão também os abutres...
Será que esses abutres, ou essas águias, vão comer o cadáver??
Vejamos o que diz Jo 6:53-55 — Respondeu-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo: se não comerdes a carne do Filho do Homem e não beberdes o seu sangue, não tendes vida em vós mesmos. 54 Quem comer a minha carne e beber o meu sangue tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia. 55 Pois a minha carne é verdadeira comida, e o meu sangue é verdadeira bebida.
Além disso, para não compreendermos de maneira errada esse ponto importante do estudo, vamos recordar um trecho do Sermão Profético de Jesus em Mt 24:26-28 — Portanto, se vos disserem: Eis que ele está no deserto, não saiais; ou: Eis que ele está no interior da casa, não acrediteis. 27 Porque, assim como o relâmpago sai do oriente e se mostra até ao ocidente, assim será também a vinda do Filho do Homem. 28 Pois onde estiver o cadáver, aí se ajuntarão as águias.
Consequentemente, se o próprio Senhor Jesus usa essa figura, nós mesmos temos mais é que nos lembrar sempre que Ele é o Cordeiro de Deus que foi morto desde a eternidade...
Ou seja, quando João teve a visão da águia, ele experimentou aquilo que já havia sido representado no AT. Em Dt 32:11-12, o Senhor diz ao seu próprio respeito — Como a águia desperta a sua ninhada e voeja sobre os seus filhotes, estende as asas e, tomando-os, os leva sobre elas, assim, só o SENHOR o guiou, e não havia com ele deus estranho.
Desta maneira, o tríplice Ai da águia, ou seja, da Igreja, é aquilo a que se referiu o apóstolo Paulo em 1º Co 6:2 — Ou não sabeis que os santos hão de julgar o mundo? Ora, se o mundo deverá ser julgado por vós, sois, acaso, indignos de julgar as coisas mínimas?
Ou seja, como Igreja do Senhor Jesus, nós participamos do juízo sobre o mundo. A águia tem, assim, uma missão a cumprir entre o toque da 4ª e o da 5ª Trombeta. Qual é exatamente essa missão, ainda não sabemos, mas, ISTO SIM, sabemos que, se formos fieis, seremos vencedores e, então, voaremos como águias no meio do céu... Amém

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Apocalipse - Estudo 8

O 7º Selo
Ap 8:1-5 — Quando o Cordeiro abriu o sétimo selo, houve silêncio no céu cerca de meia hora. 2 Então, vi os sete anjos que se acham em pé diante de Deus, e lhes foram dadas sete trombetas. 3 Veio outro anjo e ficou de pé junto ao altar, com um incensário de ouro, e foi-lhe dado muito incenso para oferecê-lo com as orações de todos os santos sobre o altar de ouro que se acha diante do trono; 4 e da mão do anjo subiu à presença de Deus a fumaça do incenso, com as orações dos santos. 5 E o anjo tomou o incensário, encheu-o do fogo do altar e o atirou à terra. E houve trovões, vozes, relâmpagos e terremoto.
No estudo anterior, vimos os 144.000 e a Multidão Inumerável e, naquela ocasião mostramos o significado disso....
Hoje, vamos ver, inicialmente, a abertura do 7º Selo. O apóstolo João continua no céu, em espírito... ele é testemunha ocular desse grande acontecimento... O Cordeiro de Deus está acabando de abrir o 7º Selo do Livro, e isso faz com que os juízos de Deus caiam sobre a terra...
Esta é a visão do apóstolo João... Mas, reparem, isso tudo esta, de fato, prestes a acontecer... O Arrebatamento da Igreja pode ocorrer a qualquer momento...
Como vimos nos estudos anteriores, os 6 primeiros selos foram abertos, NA VISÃO de João, e nós analisamos as conseqüências. Mas, um Selo ainda está faltando – o 7º Selo...
As conseqüências desse 7º Selo são as mais importantes, porque do 7º Selo vêm as 7 Trombetas e, depois, as 7 Taças da ira de Deus, como veremos mais pra frente...
Podemos estabelecer, aqui, um paralelo com o AT. Reparem que os filhos de Israel tiveram que dar uma volta por dia em torno de Jericó, durante 6 dias... No 7º dia, eles tiveram que dar 7 voltas... e, depois que eles fizeram isso, conforme o relato de Josué 6, os muros de Jericó caíram.
É como se Deus aguardasse um tempo, antes de executar o seu juízo. Esse é aquele atributo de Deus que se chama Longanimidade... é a grande paciência de Deus... É o que diz o apóstolo Pedro em 2 Pe 3:9 — Não retarda o Senhor a sua promessa, como alguns a julgam demorada; pelo contrário, ele é longânimo para convosco, não querendo que nenhum pereça, senão que todos cheguem ao arrependimento. (naturalmente, esse todos são TODOS os escolhidos...)
Essa longanimidade de Deus também está relacionada com a conseqüência da abertura do 7º Selo. Reparem que está escrito no v.1 — Quando o Cordeiro abriu o sétimo selo, houve silêncio no céu cerca de meia hora.
Reparem também que NÃO está dito Meia Hora, mas, SIM, cerca de meia hora. Isso significa um pouco mais, ou um pouco menos que meia hora. Essa informação vaga, sem precisão, tem dois motivos:
1. Na eternidade, a contagem do tempo não é como aqui... Lá, o tempo já passou, e tudo é eternamente PRESENTE.
2. Agora, desde que foi indicado um tempo terreno, cerca de meia hora, nós podemos calcular esse tempo de maneira terrena. Como é isso??? Vamos explicar.
Reparem que a Grande Tribulação dura 7 anos e corresponde à 70ª semana de anos de Daniel. Dn 9:24-27 diz assim – Setenta semanas estão determinadas sobre o teu povo e sobre a tua santa cidade, para fazer cessar a transgressão, para dar fim aos pecados, para expiar a iniqüidade, para trazer a justiça eterna, para selar a visão e a profecia e para ungir o Santo dos Santos. 25 Sabe e entende: desde a saída da ordem para restaurar e para edificar Jerusalém, até ao Ungido, ao Príncipe, sete semanas e sessenta e duas semanas; as praças e as circunvalações se reedificarão, mas em tempos angustiosos. 26 Depois das sessenta e duas semanas, será morto o Ungido e já não estará; e o povo de um príncipe que há de vir destruirá a cidade e o santuário, e o seu fim será num dilúvio, e até ao fim haverá guerra; desolações são determinadas. 27 Ele fará firme aliança com muitos, por uma semana; na metade da semana, fará cessar o sacrifício e a oferta de manjares; sobre a asa das abominações virá o assolador, até que a destruição, que está determinada, se derrame sobre ele.
Vamos fazer aqui um pequeno intervalo, para entendermos a profecia de Daniel. Se nós não compreendermos bem a profecia das 70 semanas, não teremos condições de entender o Sermão Profético de Jesus em Mt 24, e nem tampouco o Livro do Apocalipse. Por quê?
Pelo seguinte, quase todo o Apocalipse, isto é, do Cap. 6 ao 22, trata apenas da aplicação da profecia das 70 Semanas de Daniel.
Vamos procurar resumir o mais possível a profecia de Daniel, para depois podermos voltar ao Apocalipse.
O v. 24a diz – Setenta semanas estão determinadas sobre o teu povo — O que significam essas 70 semanas?? Reparem que, no 9:2 Daniel diz assim — no primeiro ano do seu reinado (Dario), eu, Daniel, entendi, pelos livros, que o número de anos, de que falara o SENHOR ao profeta Jeremias, que haviam de durar as assolações de Jerusalém, era de setenta anos.
Ou seja, o povo judeu estava há 70 anos no cativeiro da Babilônia, e não acontecia a volta para Jerusalém. Esse cativeiro do povo judeu ocorreu em razão da desobediência deles com relação às determinações de Deus.
Em Levítico, Deus havia determinado a observância de um ano sabático, isto é, um ano a cada 7, no qual a terra descansava.
Todavia, durante quase 500 anos, desde o período da monarquia de Israel até o cativeiro babilônico, os judeus não cumpriram a determinação de Deus. Assim, o próprio Senhor fez a terra descansar por 70 anos, colocando o povo judeu no cativeiro.
Reparem que 70 anos é o total de anos sabáticos, anos de descanso, ocorridos exatamente no espaço de 490 anos.
Assim, as 70 semanas da profecia de Daniel são semanas de anos, NÃO de dias. E nós podemos afirmar isso porque o original hebraico não diz semana, mas, sim, setes – setenta setes. No hebraico, quando se trata de semana de dias é acrescentada a palavra yamin = dias.
Além disso, a expressão semana de anos é bíblica. Ela aparece em muitas passagem da Escritura. Por exemplo, em Lv 25:8 — Contarás sete semanas de anos, sete vezes sete anos, de maneira que os dias das sete semanas de anos te serão quarenta e nove anos.
Reparem, também, que os 6 eventos preditos sobre Israel, por Daniel, em 9:24, ainda não se cumpriram — Setenta semanas estão determinadas sobre o teu povo e sobre a tua santa cidade, para 1 fazer cessar a transgressão, para 2 dar fim aos pecados, para 3 expiar a iniqüidade, para 4 trazer a justiça eterna, para 5 selar a visão e a profecia e para 6 ungir o Santo dos Santos.
Em 9:27, por ocasião da última das 70 semanas, a Bíblia diz assim — Ele fará firme aliança com muitos, por uma semana. É absolutamente ridículo se falar em um pacto entre nações para durar 7 dias.... só o protocolo leva, às vezes, várias semanas...
E mais, a autenticidade da profecia de Daniel foi atestada pelo próprio Senhor Jesus, em Mt 24:15 — Quando, pois, virdes o abominável da desolação de que falou o profeta Daniel, no lugar santo (quem lê entenda). — Aqui, o Senhor mostra que a última das 70 semanas, isto é, os 7 anos da Grande Tribulação, é um evento futuro, porque o fato citado, o abominável da desolação, ainda não ocorreu...
Além disso, vejam, as 70 semanas são divididas em 3 partes: 1ª parte – 7 semanas = 49 anos; 2ª parte – 62 semanas = 434 anos;
3ª parte - 1 semana = 7 anos. Total = 490 anos.
Voltemos, agora, ao apocalipse. Nós estávamos analisando a expressão cerca de meia hora. O dia de 24 horas tem 48 meias horas, certo?
Pois bem, como o ano bíblico é um ano lunar de 360 dias, essa meia hora do Apocalipse corresponde, na verdade, a 7 dias e meio... 360/48 = 7,5
No 7º Selo, Deus dá, portanto, mais 7 dias e meio de prazo. Foi assim também com Noé. Reparem que depois que Noé construiu a arca, depois que os animais e toda a sua família estavam na arca, o Senhor disse a Noé, em Gn 7:4 — Porque, daqui a sete dias, farei chover sobre a terra durante quarenta dias e quarenta noites...
Ou seja, Deus deu um prazo além do estabelecido. Por que Ele fez isso? Porque Deus quer sempre que os seus eleitos se arrependam...
A abertura do 7º Selo tem conseqüências terríveis, mas primeiro acontece, como vimos, cerca de meia hora de silêncio... = 7 dias e meio.
Isso é muito esclarecedor. Reparem: na abertura do 1º Selo, uma poderosa voz diz, VEM! O mesmo acontece com o 2º, o 3º e o 4º Selos (6:1-7).
No 5º Selo, ouve-se o clamor das almas dos mártires (6:9-10). Na abertura do 6º Selo, houve um grande abalo no céu e na terra, e o terror tomou conta dos homens.
Entretanto, na abertura do 7º Selo, não se ouve nenhuma voz, nenhum movimento é feito, mas, ao contrário, há uma interrupção nos acontecimentos... houve silêncio no céu cerca de meia hora... Todo o céu está quieto, silenciou o louvor a Deus e tudo está parado.
Reparem que em 7:3 nós vimos que Jesus diz — Não danifiqueis nem a terra, nem o mar, nem as árvores, até selarmos na fronte os servos do nosso Deus — Ou seja, com a selagem dos 144.000 acontece também uma pausa no juízo de Deus, uma pausa SEM indicação de tempo.
Mas, aqui, no 7º Selo, isso não acontece... NÃO existe ação alguma, mas neste silêncio Deus fala. Aliás, Deus sempre fala no silêncio... Ele fala quando existe silêncio em nós. O Sl 46:10 diz – Aquietai-vos e sabei que eu sou Deus; sou exaltado entre as nações, sou exaltado na terra. – e, em Is 41:1 o Senhor diz — Calai-vos perante mim, ó ilhas, e os povos renovem as suas forças...
Reparem que, no momento em que Jesus ficou em silêncio, na sua vida terrena, Ele falou mais alto... O Profeta Isaías diz assim em Is 53:7 — Ele foi oprimido e humilhado, mas não abriu a boca; como cordeiro foi levado ao matadouro; e, como ovelha muda perante os seus tosquiadores, ele não abriu a boca.
Facilmente, podemos compreender que esse silêncio de cerca de meia hora, no meio do juízo, é uma revelação do caráter do Cordeiro... esse silêncio é uma revelação do íntimo de Deus.
Reparem que, apesar dos juízos, Deus não está nos terremotos, nem no vento, nem no fogo, mas, Deus está, isto sim, em profundo silêncio...
Verificamos, portanto, que nessa meia hora = 7,5 dias, na abertura do 7º Selo, o Senhor revela o íntimo do seu caráter... Essa pausa divina atinge todos os seres viventes, todos os anjos e todos os bem-aventurados que estão no céu...
E o centro desse silêncio é o trono de Deus e do Cordeiro. Reparem que a Escritura não faz nenhuma referência a esse período de silêncio sobre a terra... de maneira que, no v.2, olhamos novamente para o céu — Então, vi os sete anjos que se acham em pé diante de Deus, e lhes foram dadas sete trombetas...
Observem que esses 7 anjos são servos diretos de Deus e têm muito poder. Aliás, já no AT, verificamos que, quando os anjos do Senhor agem, coisas grandiosas acontecem.
Por exemplo, em 2 Rs 19:35, lemos assim — Então, naquela mesma noite, saiu o Anjo do SENHOR e feriu, no arraial dos assírios, cento e oitenta e cinco mil; e, quando se levantaram os restantes pela manhã, eis que todos estes eram cadáveres.
Compreende-se, assim, que os servos de Deus, sejam anjos, ou sejam homens, têm sempre grandes tarefas a realizar, e fazem essas tarefas com grande autoridade... autoridade concedida pelo próprio Senhor nosso Deus. Amém???
O v.2 nos diz também que aos 7 anjos foram dadas sete trombetas que procedem, que vêm, do 7º Selo. Não podemos perder de vista que, aqui, nós estamos na época do DIA DO SENHOR... e como dissemos, esse não é um dia comum de 24 horas, mas, sim, um período que abrange os 7 anos da Grande Tribulação... é o período dos juízos de Deus sobre a terra.
Neste sentido, é interessante observar que em Sf 1:14-16 está escrito assim — Está perto o grande Dia do SENHOR; está perto e muito se apressa. Atenção! O Dia do SENHOR é amargo, e nele clama até o homem poderoso. 15 Aquele dia é dia de indignação, dia de angústia e dia de alvoroço e desolação, dia de escuridade e negrume, dia de nuvens e densas trevas, 16 dia de trombeta e de rebate contra as cidades fortes e contra as torres altas.
Reparem, portanto, que o profeta Sofonias já havia chamado o Dia do SENHOR de dia de trombeta... Outro aspecto que chama a atenção ainda, é que, nesse cap. 8, vemos não somente profecias sobre o futuro, mas também profecias que foram cumpridas no passado...
Por exemplo, quando Deus deu a Moisés as tábuas da Lei, no Monte Sinai, ouviu-se também o som de uma trombeta muito forte, e o próprio Senhor Deus desceu em fogo... Em Ex 19:18 está escrito que — Todo o monte Sinai fumegava, porque o SENHOR descera sobre ele em fogo... e aqui, no Apocalipse, logo na 1ª Trombeta, também cai fogo do céu. Diz, assim, o v.7 — O primeiro anjo tocou a trombeta, e houve saraiva e fogo de mistura com sangue, e foram atirados à terra. Foi, então, queimada a terça parte da terra, e das árvores, e também toda erva verde.
Em Nm 10:9, está dito que, em perigo de guerra, era tocada uma trombeta. Assim, com o toque das 7 trombetas, está sendo anunciada a guerra contra a Besta, a guerra contra o anticristo...
Mas, antes que os anjos toquem suas trombetas, aparece OUTRO ANJO... o v.3 diz — Veio outro anjo e ficou de pé junto ao altar, com um incensário de ouro, e foi-lhe dado muito incenso para oferecê-lo com as orações de todos os santos sobre o altar de ouro que se acha diante do trono...
Esse outro anjo, como vimos no cap. 7, é próprio Senhor Jesus. E, aqui, Ele se apresenta como o Sumo Sacerdote que realiza a tarefa de oferecer incenso no altar de ouro...
Os vv 4-5 dizem — e da mão do anjo subiu à presença de Deus a fumaça do incenso, com as orações dos santos. 5 E o anjo tomou o incensário, encheu-o do fogo do altar e o atirou à terra. E houve trovões, vozes, relâmpagos e terremoto...
Reparem que essas orações dos santos são todas as orações de todos os santos, de todos os tempos... e essas orações têm um efeito duplo:
1. efeito sobre Deus, pois elas sobem ao Senhor como aroma suave; e 2. efeito sobre a terra, na forma dos juízoz de Deus...
Agora, entretanto, vem uma pergunta. Por que motivo a solenidade dessas orações oferecidas com incenso é realizada, justamente, antes do momento em que são tocadas as 7 Trombetas do Juízo??? Por que esse acontecimento está incluído no 7º Selo, após os 7 dias e meio de silêncio???
Em 5:8 lemos que — quando tomou o livro, os quatro seres viventes e os vinte e quatro anciãos prostraram-se diante do Cordeiro, tendo cada um deles uma harpa e taças de ouro cheias de incenso, que são as orações dos santos... — ou seja, os 24 anciãos que representam a nós, a Igreja Glorificada, a Igreja Arrebatada, se prostram diante do Cordeiro com taças de ouro cheias de incenso...
Reparem que isso foi no início, pouco antes da abertura do 1º Selo... No v. 9 seguinte, eles cantam um novo cântico, mas ainda não se fala no atendimento das orações...
Os próprios santos glorificados elevam orações diante do Cordeiro e, lá no cap. 5, eles esperam resposta a essas orações... Agora, aqui no cap. 8, reparem, é o próprio Senhor Jesus, em forma de OUTRO ANJO, quem eleva essas orações... Por quê??
Porque Ele, o Sumo Sacerdote, é o nosso fiador, é o Mediador entre nós e Deus-Pai. É como se, agora, Jesus estivesse dizendo a Deus — Pai, chegou a hora de atender a estas orações... orações daqueles que foram comprados pelo meu sangue.
Reparem que, na abertura do 6º Selo, temos a impressão de que ali começam os últimos e os piores dias do fim dos tempos. Mas, na abertura do 7º Selo, diz o v.5 que — houve trovões, vozes, relâmpagos e terremoto... — Ou seja, agora, sim, as catástrofes são maiores ainda...
As Trombetas
O v.6 diz — Então, os sete anjos que tinham as sete trombetas prepararam-se para tocar.
A seqüência está muito clara. Depois que passa o período de silêncio, aquele período de cerca de meia hora = 7,5 dias (v.1), depois que os juízos afastam os empecilhos para a fundação do Reino de Paz sobre a terra, o Rei dos reis prepara-se para assumir o trono do seu reinado...
Não é por acaso que se fala, aqui, que os 7 anjos preparam-se para tocar as trombetas... No AT, a posse de um novo rei era anunciada pelo toque de trombetas... Essa linguagem era, assim, familiar ao apóstolo João.
Por exemplo, na posse do Rei Salomão, assim se refere 1º Rs 1:39 — Zadoque, o sacerdote, tomou do tabernáculo o chifre do azeite e ungiu a Salomão; tocaram a trombeta, e todo o povo exclamou: Viva o rei Salomão!
Aqui, no Apocalipse, são tocadas as trombetas do juízo para que o Rei da Glória, o Senhor Jesus, possa entrar...
Para não perdermos a visão geral dos acontecimentos, é oportuno salientar alguns pontos: do Ap 6 a 8:1 fala-se dos 7 Selos que são abertos; de 8:2 a 9:21 e em 11:15-19 está escrito a respeito das 7 trombetas do juízo; e, nos capítulos 15 e 16, veremos as 7 taças da ira de Deus...
Essas taças da ira de Deus, figuradamente, significam que o anticristo está sendo derrotado, porque o Senhor Jesus está assumindo o seu reinado de mil anos (cap.17)
É importante, também, observar que são três ondas de juízos: 1. A Abertura dos Selos. 2. O toque das Trombetas. E 3. o Derramamento das Taças da Ira de Deus. A cada onda as catástrofes vão aumentando de intensidade...
Assim, reparem, na abertura dos selos, é atingido um quarto da terra. Em 6:8 lemos, a respeito dos 4 cavaleiros do Apocalipse, que — foi-lhes dada autoridade sobre a quarta parte da terra para matar à espada, pela fome, com a mortandade e por meio das feras da terra.
Quando as trombetas tocarem, será atingida a terça parte da terra. Em 9:18 está dito – Por meio destes três flagelos, a saber, pelo fogo, pela fumaça e pelo enxofre que saíam da sua boca, foi morta a terça parte dos homens;
E, no derramamento das Taças, todo o mundo é atingido. Em 16:14 lemos — porque eles são espíritos de demônios, operadores de sinais, e se dirigem aos reis do mundo inteiro com o fim de ajuntá-los para a peleja do grande Dia do Deus Todo-Poderoso.
E mais, não somente a intensidade dos juízos aumenta, como também vai aumentando o endurecimento do coração dos homens.
Reparem que, na abertura do 6º Selo, os homens estão apavorados. Em 6:16 está dito assim — e disseram aos montes e aos rochedos: Caí sobre nós e escondei-nos da face daquele que se assenta no trono e da ira do Cordeiro...
Entretanto, quando toca a 6ª Trombeta, está escrito em 9:20 — Os outros homens, aqueles que não foram mortos por esses flagelos, não se arrependeram das obras das suas mãos, deixando de adorar os demônios e os ídolos de ouro, de prata, de cobre, de pedra e de pau, que nem podem ver, nem ouvir, nem andar...
Na 7ª Taça da Ira é, ainda, muito pior... 16:21 diz — Também desabou do céu sobre os homens grande saraivada, com pedras que pesavam cerca de um talento; e, por causa do flagelo da chuva de pedras, os homens blasfemaram de Deus, porquanto o seu flagelo era sobremodo grande.
O estudo do capítulo 8 é bem grande, razão pela qual nós vamos, hoje, parar por aqui. No próximo estudo, vamos analisar as 4 primeiras Trombetas do Juízo, ou seja, o capítulo 8:7-13...

Apocalipse - Estudo 7

Selagem dos 144.000 e a Grande Multidão
Ap 7:1-8 – Depois disto, vi quatro anjos em pé nos quatro cantos da terra, conservando seguros os quatro ventos da terra, para que nenhum vento soprasse sobre a terra, nem sobre o mar, nem sobre árvore alguma. 2 Vi outro anjo que subia do nascente do sol, tendo o selo do Deus vivo, e clamou em grande voz aos quatro anjos, aqueles aos quais fora dado fazer dano à terra e ao mar, 3 dizendo: Não danifiqueis nem a terra, nem o mar, nem as árvores, até selarmos na fronte os servos do nosso Deus. 4 Então, ouvi o número dos que foram selados, que era cento e quarenta e quatro mil, de todas as tribos dos filhos de Israel: 5 da tribo de Judá foram selados doze mil; da tribo de Rúben, doze mil; da tribo de Gade, doze mil; 6 da tribo de Aser, doze mil; da tribo de Naftali, doze mil; da tribo de Manassés, doze mil; 7 da tribo de Simeão, doze mil; da tribo de Levi, doze mil; da tribo de Issacar, doze mil; 8 da tribo de Zebulom, doze mil; da tribo de José, doze mil; da tribo de Benjamim foram selados doze mil.
Em meio a esse período de juízos de Deus sobre o mundo, juízos que são representados pelos selos que estão sendo abertos pelo Cordeiro, como vimos na semana passada, entre o 6º e o 7º selo temos uma espécie de parêntesis, isto é, um intervalo, pois o 7º selo somente será aberto no capítulo 8.
Nesse cap. 7 que iremos estudar hoje, a graça e a misericórdia de Deus se manifestam sobre dois grupos de pessoas especiais...
Reparem que no meio das catástrofes tremendas que estão acontecendo, ocorre, portanto, uma pausa, uma espécie de silêncio... Podemos comparar com um tornado... ou um ciclone... um furacão... Sabemos que no meio de um furacão, uma tormenta que destrói tudo por onde passa, no meio reina um profundo silêncio...
O v.1 diz — Depois disto, vi quatro anjos em pé nos quatro cantos da terra, conservando seguros os quatro ventos da terra, para que nenhum vento soprasse sobre a terra, nem sobre o mar, nem sobre árvore alguma.
Reparem que os quatro anjos seguram os quatro ventos do juízo, mas estão a ponto de soltá-los. Entretanto, aí aparece um outro anjo que ordena, em alta voz, como está no v.2-3 — Vi outro anjo que subia do nascente do sol, tendo o selo do Deus vivo, e clamou em grande voz aos quatro anjos, aqueles aos quais fora dado fazer dano à terra e ao mar, dizendo: Não danifiqueis nem a terra, nem o mar, nem as árvores...
Isso significa que os quatro poderes destruidores, representados aqui pelos quatro ventos, não podem, simplesmente, serem lançados sobre a terra de qualquer maneira...
E isso é uma prova de que o Senhor mantém o controle sobre a execução dos juízos, como também sobre todas as coisas...
Agora, a pergunta que se faz é: — Quem é esse Outro Anjo que aparece? Reparem que ele tem grande autoridade, pois ele ordena em alta voz... No meu modo de entender, esse outro anjo é o próprio Senhor Jesus na figura de um anjo que subia do nascente do sol... (v.2)
Vemos, aqui, de maneira profética o futuro de Israel... Malaquias 4:2 diz assim: — Mas para vós outros que temeis o meu nome nascerá o sol da justiça, trazendo salvação nas suas asas...
Esse outro anjo, reparem, ele é muito superior aos quatro que seguram os quatro ventos, as tempestades do juízo... Está claro que esses quatro anjos têm a tarefa de soltar os juízos de Deus sobre a terra...
Mas, aí, vem de repente uma contra-ordem, uma contra-ordem que tem precedência, que tem autoridade para mudar...
Podemos comparar isso com um sinal de trânsito. Reparem, quando o sinal está verde, podemos passar livremente... Mas, se vier uma ambulância (polícia) com a sirene ligada, a preferência é da ambulância, temos que parar...
A ordem desse outro anjo tem, assim, prioridade... e isso é um indício muito forte de que se trata de uma ordem do Senhor Jesus para que os quatro juízos ainda não sejam soltos...
Assim durante a Grande Tribulação, um grupo de 144.000 pessoas de Israel receberá o selo de Deus... É o mesmo que acontece, hoje, antes do arrebatamento...
Quando uma pessoa é convertida, quando recebe o Senhor Jesus em seu coração, ela se arrepende de seus pecados e essa pessoa é selada com o Espírito Santo, como está em Ef 1:13 — em quem também vós, depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação, tendo nele também crido, fostes selados com o Santo Espírito da promessa;
E nós sabemos também que o Espírito Santo, conforme o v.14 de Ef 1, é — o penhor da nossa herança...
Deus,portanto, deu o seu próprio Espírito Santo como penhor, como garantia, para que nós fiquemos seguros de que seremos guardados, até o Dia da Redenção, até a Volta do Senhor Jesus...
Esta selagem, durante a Grande Tribulação, será uma selagem coletiva, uma selagem que acontecerá quando Jesus voltar, porque só então Israel compreenderá que, de fato, Jesus é o Messias prometido...
Naturalmente, esse número 144.000 é um número simbólico, como o são a maioria dos números do Apocalipse e da Bíblia... 144.000 = 12 x 12 x 1000...
Todavia, uma coisa é certa, trata-se especificamente de judeus que compõem as doze tribos de Israel... Isso está bem claro no texto... Existem estudiosos que não querem aceitar isso e falam que as tribos são dos crentes fieis...
Mas, reparem, isso é uma grande tolice... Os crentes fieis, nessa altura, já foram arrebatados... Além disso, o texto fala claramente nas tribos de Israel e nomeia cada uma delas... E mais, nós não podemos perder de vista que Israel, quer queiramos ou não, é povo de Deus e isso é bíblico (explicar)
Não resta, pois, a menor dúvida de que esse nº 144.000 se refere aos israelenses que se converteram, que se tornaram crentes, durante a Grande Tribulação, portanto, depois do arrebatamento.
Esses 144.000 são referidos também no cap. 14:1-5. Ali, verificamos que eles não têm antepassados espirituais, porque eles são, como diz o v.4, primícias para Deus e para o Cordeiro.
Igualmente, eles não têm descendência espiritual... e isso vale também para nós, porque Deus não tem netos, mas somente filhos. Isso significa que a conversão não pode ser herdada... (explicar)
Vejamos, agora, o ato de selagem dos 144.000. O v.2 diz — Vi outro anjo que subia do nascente do sol, tendo o selo do Deus vivo...
Reparem que é a própria Trindade Santa que age: 1. O selo é o Espírito Santo; 2. o Espírito Santo do Deus vivo, isto é, de Deus-Pai; 3. e o anjo que clama em alta voz, como explicamos, é o Filho.
Temos, aqui, portanto, o Pai, o Filho e o Espírito Santo... E o Filho, no v.3, diz — ... até selarmos na fronte os servos do nosso Deus.
Essa selagem com o Espírito Santo é absolutamente necessária, caso contrario, ninguém na terra poderia escapar da Grande Tribulação...
Ap 7:9-17 — Depois destas coisas, vi, e eis grande multidão que ninguém podia enumerar, de todas as nações, tribos, povos e línguas, em pé diante do trono e diante do Cordeiro, vestidos de vestiduras brancas, com palmas nas mãos; 10 e clamavam em grande voz, dizendo: Ao nosso Deus, que se assenta no trono, e ao Cordeiro, pertence a salvação. 11 Todos os anjos estavam de pé rodeando o trono, os anciãos e os quatro seres viventes, e ante o trono se prostraram sobre o seu rosto, e adoraram a Deus, 12 dizendo: Amém! O louvor, e a glória, e a sabedoria, e as ações de graças, e a honra, e o poder, e a força sejam ao nosso Deus, pelos séculos dos séculos. Amém! 13 Um dos anciãos tomou a palavra, dizendo: Estes, que se vestem de vestiduras brancas, quem são e donde vieram? 14 Respondi-lhe: meu Senhor, tu o sabes. Ele, então, me disse: São estes os que vêm da grande tribulação, lavaram suas vestiduras e as alvejaram no sangue do Cordeiro, 15 razão por que se acham diante do trono de Deus e o servem de dia e de noite no seu santuário; e aquele que se assenta no trono estenderá sobre eles o seu tabernáculo. 16 Jamais terão fome, nunca mais terão sede, não cairá sobre eles o sol, nem ardor algum, 17 pois o Cordeiro que se encontra no meio do trono os apascentará e os guiará para as fontes da água da vida. E Deus lhes enxugará dos olhos toda lágrima.
Embora tenhamos uma pausa entre o 6º e o 7º selos, como explicamos, essa passagem que acabamos de ler faz parte do 6º selo, porque, reparem, o 6º selo tem como resultado três visões:
1. Catástrofes que enchem as pessoas de perplexidade, medo e terror... Em 6:5-17, se os irmãos estão lembrados, nós vimos que o sol fica negro como saco de crina, a lua vermelha como sangue e a terra é abalada por um enorme terremoto.
2. Em meio a esse juízo, é estabelecida uma pausa por causa dos 144.000 de Israel que ainda têm que ser selados.
3. A grande multidão vestida de vestiduras brancas e com palmas nas mãos (7:9)
Agora, reparem, as duas primeiras visões se referem à terra (catátrofes) e a pessoas de carne e osso (os 144.000). Mas, a 3ª visão se refere ao céu e às pessoas que estão lá glorificadas.
Entretanto, o conteúdo dessa visão faz parte das outras duas. Por quê? Porque o dia da Volta do Senhor Jesus, ///, não é um dia comum de 24 horas...
Todos os selos e todos os acontecimentos desencadeados pela abertura desses selos fazem parte desse dia... Entretanto, cada um desses acontecimentos representam períodos variados... podem durar vários dias, vários meses e vários anos...
O que o apóstolo João vê, agora, no céu, é algo extraordinário. Os v.9-10 dizem: — Depois destas coisas, vi, e eis grande multidão que ninguém podia enumerar, de todas as nações, tribos, povos e línguas, em pé diante do trono e diante do Cordeiro, vestidos de vestiduras brancas, com palmas nas mãos; 10 e clamavam em grande voz, dizendo: Ao nosso Deus, que se assenta no trono, e ao Cordeiro, pertence a salvação.
Essa visão é a continuação do cap.4, onde João vê o trono de Deus e do Cordeiro e os 4 seres viventes com os 24 anciãos assentados em tronos...
E, agora, aparece essa multidão inumerável, proveniente de todas as nações, vestidas de branco, acenando com as palmas da vitória... E não só isso, a multidão louva e clama em alta voz: — Ao nosso Deus, que se assenta no trono, e ao Cordeiro, pertence a salvação.
E, aí então, vem a reação (v.11-12) — Todos os anjos estavam de pé rodeando o trono, os anciãos e os quatro seres viventes, e ante o trono se prostraram sobre o seu rosto, e adoraram a Deus, 12 dizendo: Amém! O louvor, e a glória, e a sabedoria, e as ações de graças, e a honra, e o poder, e a força sejam ao nosso Deus, pelos séculos dos séculos. Amém!
Ou seja, o louvor da multidão causa um novo louvor e produz uma espécie de reação em cadeia... Mas, essa cena da visão do apóstolo é perfeitamente compreensível, embora essa grande multidão exija uma análise aprofundada...
Reparem que um ancião pergunta no v.13 — Estes, que se vestem de vestiduras brancas, quem são e donde vieram?
Esta pergunta, reparem, não é feita com relação aos 144.000 de Israel, porque, nesse caso, não existe dúvida, está muito claro, como acabamos de ver... A pergunta também não é em relação aos anjos que estão em volta do trono, nem tampouco com relação às almas que estão debaixo do altar...
Deve, portanto, haver algo de especial com respeito a essa multidão inumerável...
Reparem, também, que João demonstra que não sabe QUEM são, nem de onde vieram aquelas pessoas, pois ele diz no v.14a – meu Senhor, tu o sabes. — E, como João, muitos estudiosos do Apocalipse também não sabem QUEM são, e dão respostas, às vezes, sem fundamento a esse respeito...
Mas, com base no mesmo v.14b, todos sabem de onde aquelas pessoas vieram, pois o ancião diz a João — São estes os que vêm da grande tribulação, lavaram suas vestiduras e as alvejaram no sangue do Cordeiro...
Todavia, existem muitas opiniões a respeito de QUEM são, aquelas pessoas que formam a grande multidão: (1) elas podem ser pessoas de carne e osso que estavam na terra na Grande Tribulação; ou (2) poderiam ser espíritos em processo de transição; ou (3) santos glorificados em suas habitações celestiais; e (4) muitas outras são as opiniões...
Assim, como as opiniões são muitas, a melhor coisa a fazer é verificar o que estas pessoas NÃO são, e, aí, poderemos esclarecer muitos pontos:
1. Elas NÃO são os vencedores redimidos que constituem a Igreja Glorificada do Senhor Jesus. Nós já vimos, nos cap. 4 e 5, a igreja arrebatada a qual é representada pelos 24 anciãos coroados e assentados em tronos.
Essa multidão NÃO está assentada, mas, sim, em pé. A Igreja arrebatada aparece no céu antes de se iniciarem as catástrofes e os juízos sobre o mundo...
A tal multidão, no entanto, aparece diante do trono, enquanto os juízos na terra estão sendo realizados, até a abertura do 6º selo...
A multidão NÃO pode ser a Igreja Glorificada, repito, porque ela já estava no céu antes que soasse a hora das provações, conforme podemos deduzir de 3:10 — Porque guardaste a palavra da minha perseverança, também eu te guardarei da hora da provação que há de vir sobre o mundo inteiro, para experimentar os que habitam sobre a terra.
Reparem que a multidão tem palmas em suas mãos, e está dito, de forma muito clara, que ela passou pela Grande Tribulação. Assim, é um erro querer equiparar essa multidão inumerável com a Igreja arrebatada e glorificada...
2. Essa multidão, também, NÃO pode ser identificada com os 144.000 selados, porque a esses é dado um número que indica uma quantidade, embora simbólica...
Mas, em relação à multidão é dito que ela é INUMERÁVEL. Além disso, os 144.000 selados, como vimos, são de Israel, enquanto a grande multidão procede de todas a nações, tribos, povos e línguas...
Assim, parece que essa grande multidão foi tirada da Grande Tribulação... parece que a Grande Tribulação foi interrompida, entre o 6º e o 7º selos, por causa dessa grande multidão...
Entretanto, essa é uma conclusão um tanto cômoda, porque essa grande multidão não é mostrada DURANTE o tempo em que ela está na Grande Tribulação... Ela é mostrada, apenas, no momento em que ela sai como vencedora... Ou seja, ela só é mostrada DEPOIS que sofreu a Grande Tribulação.
Desta maneira, esta é a dedução, temos aqui uma visão ANTECIPADA daquilo que ainda não foi completado... poderíamos dizer que é uma visão do futuro do futuro... João pode ver isso porque ele vê tudo da eternidade.
Assim, essa grande multidão será afligida DURANTE e APÓS a abertura do 7º selo, durante as 7 trombetas e as 7 taças da ira de Deus.
Isso acontece, porque essa grande multidão é constituída por aquelas pessoas que se recusam a adorar o ANTICRISTO, quando ele se manifesta como a BESTA... Consequentemente, vem o martírio dessa multidão inumerável, quando aquelas pessoas têm que morrer por causa da sua fé...
Desta forma, como eu disse, neste cap.7 a grande multidão é mostrada ANTECIPADAMENTE, como a grande ceifa... Isso indica que, durante a Grande Tribulação, haverá também um grande despertamento...
É um despertamento tardio, um despertamento, de certa forma, triste, porque essa pessoas serão salvas, mas terão que sofrer muito e pagar com suas vidas...
Sabemos, portanto, agora, exatamente QUEM são, ou melhor, de qual situação vem essa grande multidão... São pessoas de todas as nações, tribos, povos e línguas... pessoas que não aceitaram a Cristo antes do arrebatamento...
Entre essa pessoas estão, certamente, aqueles que se dizem cristãos, mas que desprezam a advertência de Jesus que está em Mt 24:44 — Por isso, ficai também vós apercebidos; porque, à hora em que não cuidais, o Filho do Homem virá.
Esses deixados para trás, além de não darem importância à advertência do Senhor, também não se preparam... É exatamente como no tempo de Noé, como o próprio Senhor Jesus diz em Mt 24:38-39 — Porquanto, assim como nos dias anteriores ao dilúvio comiam e bebiam, casavam e davam-se em casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca, 39 e não o perceberam, senão quando veio o dilúvio e os levou a todos, assim será também a vinda do Filho do Homem.
Quando eles perceberam, era tarde demais... No arrebatamento, também será assim... Os que ficarem para trás passarão pelas guerras, pela fome, pelos terremotos, por violências de toda espécie...
O irmão pode até levantar uma dúvida: — Mas, pastor, como é que depois do arrebatamento, ou seja, durante a Grande Tribulação, ainda haverá conversões??? O Espírito Santo não estará mais presente, então, como é isso???
Que o Espírito Santo já terá se retirado da terra, está absolutamente correto!!! Mas, a obra do Espírito Santo permanece mesmo assim...
(ilustração) Tomemos, por exemplo, o quadro de um pintor famoso... Miguel Ângelo, ou um escritor, por exemplo, Machado de Assis, estas pessoas já morreram há muito tempo, mas a obra delas continua vivendo, continua influenciando a cultura...
Da mesma forma, a obra do Espírito Santo estará vivificando a Palavra de Deus no coração dos homens... Quem ouviu a Palavra poderá ainda receber a graça da Salvação...
Vamos dar um exemplo. Um casal em que um é crente e o outro não. Acontece o arrebatamento... Vamos supor que a mulher é arrebatada... O camarada olha pro lado e já era... a mulher sumiu..
Em seguida, o marido começa a ouvir no rádio, na TV, nos jornais, que muita gente desapareceu no mundo... e ele começa, então, a perceber que aconteceu, justamente, aquilo que sua esposa dizia que iria acontecer...
Aí, começa a Grande Tribulação, os sofrimentos e tudo mais... e esse marido se lembra da Palavra de Deus, Palavra que não volta vazia (Is 55:11)... E aquele homem entrega, então, seu coração a Jesus.
Essa pessoa vai sofrer muito, vai morrer martirizado, e vai fazer parte, exatamente, daquela grande multidão inumerável...
Assim, os efeitos vivificadores do Espírito Santo estarão atuantes durante a Grande Tribulação... Quando o v.14 diz que eles — lavaram suas vestiduras e as alvejaram no sangue do Cordeiro... — isso significa que o Espírito Santo está agindo...
Estes salvos, retardadamente, não terão a experiência do novo nascimento, como nós... Mas, através do arrependimento, eles serão salvos para a eternidade...
Que eles se converteram, está mais que provado no v.14 – lavaram suas vestiduras e as alvejaram no sangue do Cordeiro...
Entretanto, há uma coisa aqui que chama a nossa atenção. Reparem que o versículo fala duas vezes em vestiduras: (1) lavaram suas vestiduras e (2) alvejaram as vestiduras no sangue do Cordeiro.
Por que motivo??? Pelo seguinte motivo: 1º eles lavaram suas vestiduras, isto é, lavaram o seu interior no sangue do Cordeiro... Se arrependeram e foi lhes dada a conversão... 2º eles entregaram suas vestiduras, isto é, seus corpos, e tornaram-se UM com Jesus em sua morte...
Assim, depois que aquelas pessoas deixaram suas vidas, foi alcançado o número de mártires pelo qual esperavam os que estavam em baixo do altar, aqueles que já haviam recebido uma vestidura de honra...
Os irmãos estão lembrados??? O Ap. 6:11 diz assim – Então, a cada um deles foi dada uma vestidura branca, e lhes disseram que repousassem ainda por pouco tempo, até que também se completasse o número dos seus conservos e seus irmãos que iam ser mortos como igualmente eles foram.
Agora, portanto, o número de mártires está sendo completado, e eles estão diante do trono de Deus e do Cordeiro, e louvam ao Pai e ao Filho...
A fonte da bem-aventurança é o Cordeiro, pois o 7:17a diz assim – o Cordeiro que se encontra no meio do trono os apascentará e os guiará para as fontes da água da vida.
Ou seja, o sofrimento deles será transformado em glória, porque o próprio Deus-Pai lhes enxugará dos olhos toda lágrima (17b).
E para encerrar o estudo de hoje.... Se a glória desses restantes, desses que vão ser martirizados durante a Grande Tribulação, será tão grande, imaginem como será a glória dos que serão arrebatados ANTES da Grande Tribulação... É como está em 1 Co 2:9 — Nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em coração humano o que Deus tem preparado para aqueles que o amam. Amém!